Marisa Barceli

Era dia 10 de Dezembro de 2018, uma segunda feira!

Todos nós temos algum dia marcante na nossa vida. Esse foi um dia que serviu de marco para minha “nova vida”.

Quero compartilhar uma parte da minha história, pois, pode ser que ela faça diferença na sua. 

Trabalhei por sete anos em uma instituição financeira, Sicoob Marechal, lugar em que sonhei trabalhar desde antes da cooperativa ser fundada.

Nos primeiros rumores da abertura da cooperativa, deixei meu currículo, toda esperançosa de que seria chamada.

Alguns anos se passaram e novamente voltei a me candidatar para alguma vaga, confiante de que me chamariam, e dessa vez, fui chamada. A princípio, para fazer a prova e depois uma entrevista, e lá fui eu...

Na entrevista final, estávamos eu e mais outra candidata, uma “ex Banco Itaú”, eu, apenas com a experiência de caixa de uma loja de eletrodomésticos, ela, com nohall de banco privado. Bom...vocês já podem imaginar quem foi a selecionada!

Mas, não desisti, essa é uma das minhas qualidades, qualidade muito importante para quem tem um sonho e quer realiza-lo: nunca desistir.

Novamente foi aberta mais uma vaga, e lá estava eu toda dedicada fazendo a prova: sucesso!

Fui chamada novamente para a entrevista, e dessa vez éramos eu e uma ” ex Bradesco”, não preciso nem prosseguir para você saber quem foi a escolhida.

Mas como já disse a vocês, persistência e determinação, fazem parte da minha personalidade.

Um certo dia, lembro-me como se fosse hoje: o telefone tocou,  era uma das diretoras da cooperativa, me convidado para trabalhar com eles. Foi um dos dias mais felizes da minha vida; acreditem, realizar um sonho sempre nos deixa feliz (não importa o tamanho dele). 

Trabalhei no Sicoob por sete anos e meio, construí uma carreira que me orgulho muito, de operadora de caixa à gerente de agencia, porém muitas coisas aconteceram nesse caminho, e em um  determinado momento, aquele amor, aquela paixão se transformaram em um desejo de usar toda a minha energia para trabalhar para mim. Sempre bati minhas metas e me destaquei. Então pensei: “Por que não usar toda essa energia para empreender?” 

Teve um dia em que me ví dentro da agencia e me senti presa àquela “caixa de vidro”, parei para analisar e desejei ter uma vida mais livre.

Na época eu já buscava me desenvolver, e já fazia terapia, e foi esse caminho, do autoconhecimento e do desenvolvimento pessoal que me fizeram ter cada vez mais clareza do que eu queria. 

Meu mentor, André Mariga, foi me apresentando meus medos e aos poucos fomos curando-os. 

Entendi que muitos deles não eram meus como adulta, mas estavam lá na minha criança, na minha infância. Com  o passar do tempo, fui tendo cada vez mais coragem e clareza para fazer o que o meu coração amava fazer: AJUDAR PESSOAS A SEREM MELHORES E A VIVEREM UMA VIDA MELHOR. 

Mas, sentia que algo ainda me impedia; mas não sabia o que. Mais sessões de terapia, mais perguntas, mais questionamentos e o veredicto final: o medo que ainda restava não era o de ficar sem trabalho, não era o de  passar fome, não era o da opinião dos outros, mas inconscientemente, era o medo de decepcionar meu PAI, isso mesmo; temos um amor inconsciente, que nos prende a eles.

Meu pai se orgulhava muito da minha carreira na cooperativa, e inconscientemente meu coração não queria desaponta-lo, mas quando tomei consciência disso, foi fácil resolver: uma boa conversa, e abrir o coração. 

Estava tudo certo, eu estava decidida, pedi meu desligamento!  Teve quem achasse que eu estava ficando louca. Largar o “seguro” pelo “inseguro”. A terapia também me ajudou a não me preocupar com a opinião dos outros. Aprendizado esse, que faz toda diferença para empreender, e também, ser mais feliz.

E foi assim, numa manhã de segunda-feira, no dia 10 de Dezembro de 2018, que  pedi o desligamento da Cooperativa,  e sai para tomar um café comigo mesma, para comemorar minha nova vida. 

São sete anos como Terapeuta,  palestrante e empreendedora digital. Não posso dizer que esse é meu trabalho, pois nunca me sinto trabalhando. Poucas pessoas entendem o que estou falando, mas é  assim quando fazemos o que amamos. 

Hoje não tenho horários, não tenho chefe,  viajo quando quero, saio para tomar cafés com minha mãe, aproveito meu tempo e me sinto livre. O financeiro? Vai bem obrigada!

A terapia também me ensinou a lidar com o dinheiro, e a entender que ele é uma consequência do trabalho, e também  uma energia (falarei sobre esse assunto aqui, em um próximo momento).

Compartilhei minha história, para te dizer o quanto é importante acreditar nos nossos sonhos, indiferente quais sejam eles.

Ser persistente, corajoso e conhecer seu potencial, sem duvida faz toda diferença, mas para isso, você precisa saber, verdadeiramente, quem você é.

A terapia me trouxe esse caminho com bastante clareza, e é por esse motivo, que hoje, incentivo pessoas a buscarem autoconhecimento e encontrarem seu propósito, e irem corajosamente em direção a ele.

Empreender é uma decisão para poucos, mas com certeza,  você pode fazer parte dessas pessoas, assim como eu,  que decidiram “sair da caixa”  e transformar a vida. 

Antes de finalizar, preciso compartilhar mais um detalhe: Por mais que acreditemos que a nossa vida dependa só de nós,  não se engane, tem algo superior que nos rege, e foi essa força que me trouxe até aqui. 

Creia sempre em Deus, e em você!

Bibliografias sugeridas: O poder da autorresponsabilidade – Paulo Vieira

Desperte seu gigante interior – Anthony Robbins

Trabalhe 4 Horas por semana – Timothy  Ferriss

A responsabilidade deste artigo é de sua autora.