Alunos de escolas estaduais do Noroeste do Paraná se destacaram na Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (OBSMA), organizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ao desenvolverem projetos inovadores que reaproveitam óleo de cozinha em soluções sustentáveis. A iniciativa rendeu prêmios e transformou realidades em suas comunidades.
Os projetos premiados foram desenvolvidos por alunos dos colégios estaduais Conselheiro Carrão, de Assaí, e Jardim Independência, de Sarandi. A equipe de Assaí, orientada pelo professor Matheus Souza, criou biodiesel a partir do óleo de cozinha usado, conquistando destaque na regional Minas Gerais Sul e um prêmio que será entregue na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro. Já os alunos de Sarandi, sob a supervisão da professora Juliana Antoniassi, elaboraram um sabão líquido sustentável, reduzindo custos para a escola e reforçando práticas ambientais responsáveis.
Os projetos não apenas trouxeram reconhecimento, mas também benefícios práticos para as escolas e suas comunidades. Em Assaí, a startup júnior Biosun, formada exclusivamente por alunas, nasceu da pesquisa sobre biodiesel. Com apoio da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a produção do biocombustível foi ampliada e testada com sucesso em um ônibus escolar. A iniciativa culminou na construção de uma usina de biodiesel no colégio, que abastecerá futuramente toda a frota municipal de ônibus escolares.
Em Sarandi, a produção de sabão líquido gerou uma economia mensal de R$ 700 para a escola, promovendo o reaproveitamento de resíduos e o envolvimento da comunidade local, que doa óleo usado para viabilizar o projeto.
A Biosun, criada em 2022, representa o protagonismo feminino na ciência, com mais de 40 alunas ativamente envolvidas. Desde então, o grupo participa de eventos ambientais como o Green Nation, inspirando novas gerações a buscar soluções inovadoras para problemas locais.
“Nosso trabalho vai além dos prêmios. Ele transforma vidas e fortalece a comunidade”, afirma Fabiane Hikari Kikuti, uma das líderes do projeto.
A relevância dos projetos demonstra a força transformadora da educação quando aliada à ciência prática. Como afirma o professor Matheus Souza: “Projetos como esses provam que é possível unir conhecimento teórico e ações concretas para promover impactos positivos na sociedade".
Os resultados alcançados por essas iniciativas mostram que a educação pode ser um motor de transformação social e ambiental, inspirando alunos e comunidades a construir um futuro mais sustentável.