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Debate sobre jornada de trabalho precisa levar em conta produtividade, diz Fiep

Federação das Indústrias afirma que imposição de uma redução da jornada apresenta riscos para o país

12/11/2024 às 13h06
Por: João Livi Fonte: Assessoria FIEP
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FIEP/Assessoria
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A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) considera inadequada qualquer tentativa de se alterar, por meio de Proposta de Emenda à Constituição, a jornada de trabalho no país. Para a Fiep, esse debate deve ser mais amplo, levando em conta aspectos fundamentais como a produtividade da economia brasileira e a realidade atual do mercado de trabalho.

O presidente da entidade, Edson Vasconcelos, afirma que a imposição de uma redução da jornada de trabalho sem o avanço em propostas que possibilitem o aumento da produtividade apresenta riscos para o país. “Diminuir a carga horária, mantendo salários e o mesmo nível de produtividade, vai resultar em aumentos de custos consideráveis para as empresas, com repasses aos preços finais de produtos e serviços, gerando inflação e derretendo ainda mais o poder de compra do próprio salário do trabalhador”, diz.

 

A Fiep considera inadequada qualquer tentativa de se alterar a jornada de trabalho no país

 

Vasconcelos defende, ainda, que as discussões sobre esse assunto passem por outro grande problema nacional, que são os elevados encargos trabalhistas. “Temos, no país, um custo altíssimo para a contratação de trabalhadores, com impostos elevados pesando sobre as folhas de pagamento, o que causa inúmeras dificuldades para as empresas e deve entrar nessa equação”, completa.

 

A Reforma Trabalhista, aprovada em 2017, já permite negociações entre empregadores e empregados para definir contratos de trabalho, jornadas e salários

 

O presidente da Fiep considera essencial, ainda, que se leve em consideração as dificuldades que as empresas já encontram atualmente para preencher todas as vagas de trabalho que são abertas. Um fator a ser debatido nesse ponto, em sua opinião, é o alto índice de pessoas inseridas em programas de assistencialismo no país. Hoje, cerca de 22% dos 137 milhões de pessoas que integram a população economicamente ativa brasileira são beneficiários de algum programa social. “O Brasil está indo por um caminho perigoso de assistencialismo, pressão salarial e inflação por falta de produtividade. Tudo isso precisa ser inserido em debates sobre as relações trabalhistas”, diz.

Por fim, a Federação argumenta que a Reforma Trabalhista, aprovada em 2017, já permite negociações entre empregadores e empregados para definir contratos de trabalho, jornadas e salários. “Isso possibilita que seja buscado, dentro da realidade de cada empresa e de cada setor, um caminho de equilíbrio nas relações de trabalho”, afirma Vasconcelos.

 

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