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O Conselho Municipal dos Direitos da Mulher Rondonense (Commur) está sob nova direção. Há 30 dias no comando da entidade, a advogada Aline Zuse da Silva assume a presidência com um discurso direto: a violência contra a mulher permanece como um dos problemas mais graves e recorrentes em Marechal Cândido Rondon. Para ela, a pauta exige prioridade absoluta, já que os números locais acompanham a preocupante realidade nacional e mundial.
Aline sucede uma gestão conduzida por um homem, escolha que gerou questionamentos justamente pela natureza do Conselho. A presidente reconhece a competência do antecessor, mas reforça que a condução de um órgão voltado exclusivamente aos direitos das mulheres deve, de forma natural, ser exercida por uma mulher. Segundo ela, a representatividade é essencial em um momento em que a presença feminina ainda enfrenta resistência em espaços de decisão.
Para a nova presidente, o estímulo às mulheres rondonenses existe, mas não alcança a força necessária para garantir participação efetiva na vida política e social da cidade. Aline aponta que o machismo estrutural permanece como barreira central, fazendo com que muitas mulheres evitem assumir posições de liderança por receio da cobrança da sociedade ou pela percepção de inferioridade diante dos homens.
Aline afirma que o Commur está estudando uma série de iniciativas para 2026, embora a atual gestão ainda esteja em fase inicial. A expectativa é ampliar projetos, discutir políticas públicas e fortalecer programas que incentivem a mulher a ocupar espaços de destaque. Ela destaca que a mudança precisa partir também das próprias mulheres, que devem se reconhecer como agentes de transformação.
O Commur permanece ligado à Secretaria Municipal de Assistência Social, responsável por auxiliar e apoiar o desenvolvimento das ações do Conselho. Além de fiscalizar e propor políticas públicas, a entidade trabalha de forma articulada com secretarias e instituições que atuam na defesa dos direitos das mulheres.
Aline garante que o Commur participará de campanhas e projetos promovidos por organizações que tenham como foco a mulher. O compromisso, segundo ela, é somar forças e ampliar o alcance das iniciativas que reforçam a proteção e a valorização feminina no município.
O Conselho realiza reuniões todas as segundas quintas-feiras de cada mês, às 8h30, no auditório da Prefeitura. Além das 12 conselheiras titulares, a comunidade é convidada a participar, sugerir projetos e apresentar ideias. A presidente reforça que o espaço está aberto tanto para ouvintes quanto para futuras conselheiras que queiram contribuir com o fortalecimento da pauta feminina.