A inflação no setor de turismo voltou a apertar o orçamento dos brasileiros em outubro, impulsionada por passagens aéreas, transporte por aplicativo e pacotes turísticos. Enquanto o país registrou alta de 0,77% na Cesta de Consumo do Turismo, o Paraná apresentou um cenário bem mais controlado, com elevação de apenas 0,29% em Curitiba e Região Metropolitana, segundo o Boletim do Comércio Exterior da Fecomércio PR, elaborado com base nos dados do IPCA.

Pressão nacional puxa custos de viagens

O indicador da Fecomércio PR revela que a inflação do turismo no Brasil supera com folga o índice geral do mês, que foi de 0,09%. No acumulado de 2024, o setor já soma aumento de 5,16%, e em 12 meses chega a 9,26%, reflexo de uma demanda aquecida e de serviços ainda pressionados por custos operacionais.

Entre os itens que mais dispararam em outubro estão:

• Passagens aéreas: +4,48%

• Transporte por aplicativo: +2,31%

• Casa noturna: +2,23%

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• Pacote turístico: +1,97%

Por outro lado, alguns serviços registraram queda, como ônibus interestadual (-1,21%), aluguel de veículo (-1,09%) e sorvetes (-1,07%), influenciados pela sazonalidade e dinâmica de mercado.

Paraná avança menos e segura preços

No Paraná, o comportamento dos preços foi consideravelmente mais moderado. Curitiba e Região Metropolitana registraram alta de 0,29% na inflação turística de outubro, bem abaixo da variação nacional. No acumulado do ano, o índice chega a 3,75%, e em 12 meses fica em 7,15%, novamente inferior ao registrado no país.

Os itens que mais pressionaram no estado foram:

• Pacote turístico: +4,38%

• Estacionamento: +3,60%

• Atividades culturais (cinema, teatro, concertos): +1,46%

Segundo Lucas Dezordi, assessor econômico da Fecomércio PR, o resultado reflete a continuidade da demanda por viagens organizadas e experiências urbanas, que seguem em alta.

Reduções relevantes aliviam a cesta no estado

Apesar das pressões pontuais, Curitiba e RMC registraram quedas importantes em setores estratégicos:

• Passagens aéreas: -1,31%

• Sorvetes: -1,31%

• Hospedagem: -1,04%

De acordo com Dezordi, essas baixas ajudaram a conter o avanço do índice regional e reforçam a competitividade do turismo paranaense em um momento de instabilidade nacional.