
O Governo do Paraná anunciou, nesta quarta-feira (29), o repasse de R$ 1,79 milhão ao campus de Foz do Iguaçu da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). O investimento será destinado à reforma e ampliação de laboratórios, à compra de equipamentos de ponta e à execução de projetos com uso de inteligência artificial (IA).
A assinatura do termo de descentralização orçamentária ocorreu no Itaipu Parquetec, onde está instalado o Centro de Engenharias e Ciências Exatas (CECE). O ato contou com a presença do secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, que destacou a relevância da Unioeste no avanço da pesquisa e inovação no Estado.
“Foi essa universidade a primeira estadual a receber nota máxima do MEC e estamos trabalhando para que ela e as demais avancem, garantindo investimentos contínuos para ciência e tecnologia”, afirmou o secretário Aldo Bona.
Os recursos são provenientes do Fundo Paraná, administrado pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), responsável por financiar projetos que promovem o desenvolvimento científico e tecnológico em todo o Estado.
Parte do montante será direcionada à ampliação de laboratórios do curso de Engenharia Mecânica, além da aquisição de equipamentos modernos como espectrômetro, scanner 3D e câmera de alta velocidade. Também serão comprados instrumentos tecnológicos para a nova unidade de Empreendedorismo e Inovação, que beneficiará estudantes e professores do curso de Engenharia Elétrica.
Um dos destaques do investimento é o projeto que destina cerca de R$ 270 mil ao desenvolvimento de uma rede de monitoramento inteligente do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue. A iniciativa utiliza sensores ópticos e algoritmos de inteligência artificial para mapear, em tempo real, as áreas e horários de maior incidência do inseto em Foz do Iguaçu.
Coordenada pelo professor André Gustavo Maletzke, do curso de Ciência da Computação, a pesquisa é fruto de dez anos de estudos realizados em parceria com o Centro de Zoonoses da Prefeitura de Foz do Iguaçu.
“A tecnologia permitirá uma resposta mais ágil e precisa no combate à dengue, com dados que ajudarão as equipes de saúde a planejar ações preventivas e direcionar recursos de forma eficiente”, explicou Maletzke.
O reitor da Unioeste, Alexandre Webber, comemorou o novo aporte financeiro e ressaltou o esforço coletivo da comunidade acadêmica.
“Além dos investimentos próprios, conquistamos esses recursos extras. E hoje, se temos tal aporte, é por causa do trabalho de professores, estudantes e agentes universitários, que se dedicam diariamente a melhorar a nossa universidade”, destacou.
Para o diretor do CECE, professor Romeu Reginato, o repasse representa um marco para a pesquisa aplicada no Oeste do Paraná:
“Esses recursos são realmente inovadores porque permitirão o avanço de pesquisas que têm impacto direto na vida dos cidadãos”, afirmou.