
O mais recente relatório de monitoramento das ovitrampas — armadilhas utilizadas para identificar a presença do mosquito Aedes aegypti - apontou elevação nos índices de infestação em Marechal Cândido Rondon entre os dias 7 e 21 de outubro de 2025. O levantamento, divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância em Saúde, mostra que o aumento da positividade nas armadilhas revela uma maior circulação do vetor da dengue em diferentes regiões da cidade.
No período avaliado, foram inspecionadas 101 armadilhas, e os resultados demonstram crescimento expressivo no número de ovitrampas com presença de ovos. O dado acende um sinal de alerta e reforça a importância do monitoramento contínuo e da participação da comunidade no enfrentamento ao mosquito.
Segundo a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Izabel Cristina da Paz Rodrigues, as ovitrampas são fundamentais para detectar precocemente áreas de risco. “Esses dados orientam nossas ações de campo, ajudando a priorizar regiões com maior concentração de ovos. A colaboração da população é essencial para eliminar criadouros e evitar novos casos de dengue”, destaca.
O relatório explica que a presença de ovos nas armadilhas não significa foco exato no imóvel onde foram instaladas, mas sim num raio aproximado de 300 metros ao redor. Por isso, o trabalho depende diretamente da autorização e colaboração dos moradores, que permitem a instalação das ovitrampas e o acesso das equipes de vigilância.
As informações coletadas são utilizadas para mapear áreas críticas, orientar as ações preventivas e direcionar campanhas de limpeza e educação em saúde.
Diante da elevação dos índices, as equipes da Secretaria de Saúde seguem realizando visitas domiciliares, mutirões de limpeza e campanhas educativas, com foco na eliminação de criadouros e na orientação sobre os cuidados preventivos.
A Vigilância em Saúde destaca ainda que a nova dinâmica de monitoramento prevê a aplicação mensal das ovitrampas, o que permitirá um acompanhamento mais ágil e preciso da situação. Já o tradicional LIRAa (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti) passará a ser realizado apenas uma vez ao ano, servindo como avaliação global, enquanto o uso contínuo das ovitrampas garantirá dados atualizados em tempo real.
A Secretaria de Saúde reforça que o combate ao mosquito deve ser constante. A população é orientada a verificar calhas, caixas d’água, vasos de plantas, pneus e qualquer recipiente que acumule água parada, já que o Aedes aegypti se reproduz em pequenos volumes.