Sexta, 03 de Outubro de 2025
18°C 21°C
Marechal Cândido Rondon, PR
Publicidade

Covid-19 volta a liderar mortes por síndrome respiratória aguda grave no Brasil

Boletim da Fiocruz aponta crescimento de casos graves entre idosos e alerta para vacinação

Por: João Livi Fonte: Fiocruz
03/10/2025 às 08h36
Covid-19 volta a liderar mortes por síndrome respiratória aguda grave no Brasil
Covid-19 volta a ser a principal causa de mortes por síndrome respiratória aguda grave no país, segundo a Fiocruz. (Foto: Freepik)

A Covid-19 voltou a ser a principal causa de mortes nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil. De acordo com o boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (2) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o coronavírus respondeu por 50,9% dos óbitos registrados entre 31 de agosto e 27 de setembro.

O estudo revela que o avanço da doença tem pressionado principalmente Goiás e o Distrito Federal, onde o aumento das hospitalizações se concentra entre idosos. Nessas regiões, a circulação do vírus influenza A também tem elevado o número de internações em quase todas as faixas etárias, caracterizando um cenário de dupla pressão sobre o sistema de saúde.

Panorama dos vírus em circulação

Além da Covid-19, os dados apontam que 25,7% dos óbitos por SRAG foram causados por rinovírus, 15,8% por influenza A, 5% pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e 1,8% por influenza B. A pesquisadora Tatiana Portella, responsável pelo boletim, destaca que Goiás, Distrito Federal e Espírito Santo enfrentaram aumento expressivo de casos graves de Covid-19 nas últimas semanas.

O levantamento também chama a atenção para um fator inusitado: a região Centro-Oeste está passando por uma “segunda temporada” do influenza A, comportamento atípico para esta época do ano.

Portella reforça a importância da imunização. “As pessoas, especialmente as dos grupos de risco, precisam verificar se estão com a vacinação em dia. A vacina continua sendo a principal forma de proteção contra casos graves e óbitos”, alerta. Ela recomenda ainda isolamento em caso de sintomas gripais e, quando não for possível, o uso de máscara.

Números de 2025

Desde o início do ano, o Brasil já contabiliza 11.161 mortes por SRAG. Do total, 5.798 (51,9%) tiveram resultado positivo para algum vírus respiratório, 4.331 (38,8%) foram negativos e 188 (1,7%) seguem em investigação laboratorial.

Continua após a publicidade
Anúncio

Entre os óbitos de SRAG confirmados por vírus neste período epidemiológico, a maior parte foi provocada pela influenza A (51%), seguida de Covid-19 (22,4%), rinovírus (13,9%), VSR (11,9%) e influenza B (1,8%).

 

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários