Proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) têm até quarta-feira (1º) para se inscrever no primeiro edital de créditos de biodiversidade do Paraná. A chamada, lançada em julho pela Secretaria do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) em parceria com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), prevê a negociação de R$ 2 milhões em créditos estaduais de biodiversidade.

Em vigor desde outubro de 2024, a Política Estadual de Créditos de Biodiversidade amplia as fontes de financiamento para conservação, em linha com práticas que já despertam interesse internacional. A iniciativa remunera serviços ambientais ligados à preservação, conservação e restauração.

A coordenadora de Patrimônio Natural e Educação Ambiental da Sedest, Nara Lucia da Silva, ressalta que se trata de um projeto-piloto de dois anos, custeado pelo Governo do Estado, concebido para dar tração à política e criar um modelo paranaense de incentivos financeiros baseados em resultados ambientais.

Como funciona a geração e a venda dos créditos

• Seleção: 20 propriedades serão escolhidas e capacitadas para gerar créditos.

• Diagnóstico e plano: cada RPPN passará por diagnóstico e terá um plano de ação elaborado.

• Certificação independente: os créditos resultam da avaliação do desempenho ambiental e serão validados por entidade independente.

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• Compra exclusiva: os certificados serão vendidos a preço fixo exclusivamente ao BRDE.

Valores e etapas de pagamento

• Preço por crédito: R$ 25,00 após a certificação do primeiro ano.

• Bônus por desempenho: confirmado o cumprimento integral do plano ao final do segundo ano, o valor sobe para R$ 37,50 por crédito.

• Teto por propriedade: até R$ 40 mil no 1º ano, podendo alcançar R$ 60 mil no 2º ano, caso as metas ambientais sejam integralmente cumpridas.

Cronograma

• Encerramento das inscrições: 1º de outubro.

• Publicação final dos selecionados: 8 de dezembro.

Para quem é e por que aderir

Os créditos de biodiversidade são certificados que representam um saldo positivo mensurável na conservação e na restauração. Eles incentivam financeiramente proprietários e empresas a valorizar serviços ecossistêmicos, ao mesmo tempo em que oferecem sinalização concreta de compromisso ambiental ao mercado.