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Itaipu realiza teste de segurança e comprova capacidade de retomar energia em caso de apagão

Procedimento anual simula desligamento total e garante resposta rápida da hidrelétrica a eventuais falhas no sistema elétrico nacional

Por: João Livi Fonte: Itaipu Binacional
29/05/2025 às 09h51 Atualizada em 29/05/2025 às 10h02
Itaipu realiza teste de segurança e comprova capacidade de retomar energia em caso de apagão
Profissionais brasileiros e paraguaios atuam na Sala de Controle Central da Itaipu durante o teste de black start que simulou um apagão total., (Foto: William Brisida/Itaipu Binacional)

Por Redação | Com informações da Assessoria da Itaipu Binacional

No último domingo (25), a hidrelétrica de Itaipu, localizada na fronteira entre Brasil e Paraguai, realizou mais um teste de black start, operação que simula o restabelecimento da geração de energia após uma falha completa no sistema elétrico. O procedimento foi conduzido no setor de 60 Hz — que atende o sistema brasileiro — e envolveu o desligamento de quatro das vinte unidades geradoras da usina.

Com duração de aproximadamente 25 minutos, o teste confirmou a capacidade de Itaipu de se autorreligar de forma independente, sem necessidade de energia externa, mesmo em situações críticas como um apagão. A simulação foi executada com total controle, sem impactos ao fornecimento de energia no Brasil ou no Paraguai.

Plano de recomposição

Durante a manobra, foram desligadas as unidades U10, U11, U12 e U13, além de equipamentos auxiliares necessários para a recomposição. A ação integra a primeira etapa de um plano estratégico que, em caso de falha total do sistema, permite religar progressivamente a usina e restabelecer o fornecimento para o Sistema Interligado Nacional (SIN), com prioridade para a região Sudeste.

Para isso, Itaipu conta com geradores a diesel instalados na Casa de Força, capazes de iniciar o processo de religamento sem auxílio externo. Segundo os técnicos, o objetivo é garantir que a usina possa retomar a operação em poucos minutos, com segurança e autonomia.

Operação simulada com precisão realista

O teste mobilizou doze profissionais brasileiros e paraguaios atuando diretamente na Sala de Controle Central (CCR) e no Despacho de Carga. Outros setores da usina e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) também participaram da fase de planejamento e coordenação.

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O desafio é simular ao máximo uma situação real, com envolvimento técnico preciso e resposta ágil da equipe”, explicou Cláudio Costa, gerente de Operação da Usina e Subestações. “Em uma ocorrência real, a recomposição seguiria até o restabelecimento total da energia aos consumidores”.

A primeira fase do teste é considerada concluída quando a energia chega à Subestação Foz do Iguaçu, operada pela Eletrobras. Em uma eventualidade real, outras etapas seriam acionadas para levar energia às linhas de transmissão e, na sequência, à rede de distribuição.

Segundo Costa, as quatro unidades envolvidas no teste teriam capacidade, em uma situação real, de abastecer parcialmente uma metrópole como São Paulo ou suprir integralmente cidades como Campinas (SP), Belo Horizonte (MG) ou o Rio de Janeiro (RJ), totalizando uma população de cerca de 6 milhões de pessoas.

Confiabilidade e preparação contínua

Os testes de black start são realizados anualmente em cada setor da usina — de 60 Hz e de 50 Hz (este, correspondente ao fornecimento paraguaio). No setor de 50 Hz, o exercício ocorreu em 27 de abril, também com êxito. Em ambos os casos, a recomposição completa levou 25 minutos.

Todos os procedimentos seguem normas rigorosas e são conduzidos por profissionais treinados continuamente”, afirmou Costa. “A preparação constante das equipes é fundamental para garantir a segurança da operação, seja em testes ou em situações emergenciais”.

Em 2024, Itaipu respondeu por 7% da demanda de energia elétrica do Brasil e 78% da do Paraguai, reforçando sua importância estratégica na matriz energética da América do Sul.

 

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