Dois projetos com potencial para impactar diretamente a vida da população de Marechal Cândido Rondon foram levados ao prefeito Adriano Backes na manhã desta quarta-feira (9). Os vereadores Valdir Sachser (Valdirzinho), presidente do Legislativo, e Welyngton Alves da Rosa (Coronel Welyngton), primeiro-secretário da Casa de Leis, apresentaram requerimentos já aprovados na Câmara Municipal que propõem ações voltadas ao reaproveitamento de espaços ociosos da cidade.
A primeira proposta sugere a desapropriação da quadra urbana onde está localizada a antiga sede do Clube Concórdia. A segunda recomenda a realização de um estudo técnico sobre a viabilidade legal e financeira para leiloar terrenos pertencentes ao Município, destinando os valores arrecadados para investimentos em áreas estratégicas, como educação, lazer e infraestrutura comunitária.
O prefeito recebeu as propostas com atenção e se comprometeu a encaminhar os documentos aos setores competentes para avaliação.
Localizado em uma área nobre do centro da cidade, o Clube Concórdia, que já foi referência de convivência e lazer, hoje representa risco à segurança e à saúde pública. Em estado de abandono há anos e com dívidas superiores a R$ 1 milhão, o imóvel de 10 mil m² se transformou em foco de proliferação de mosquitos transmissores de doenças, além de servir como abrigo improvisado para andarilhos e usuários de drogas.
“Infelizmente, o espaço se tornou um problema para os moradores da região. A presença constante da polícia é reflexo da insegurança que tomou conta do local”, afirmam os vereadores.
A proposta de desapropriação visa transformar a área no futuro “Centro do Idoso”, estrutura planejada para oferecer cuidado profissional e atividades de socialização, com retorno dos atendidos às suas residências ao final de cada dia. A medida busca combater o isolamento social e ampliar o acolhimento da população idosa, com foco em dignidade, atenção à saúde e integração comunitária.
Outra frente de ação proposta por Valdirzinho e Coronel Welyngton é o leilão de terrenos pertencentes ao Município, que atualmente somam cerca de 600 lotes. Boa parte dessas áreas, segundo a Câmara, encontra-se sem uso e demanda manutenção constante por parte da Prefeitura, gerando custos operacionais desnecessários.
A estimativa é que a venda dessas propriedades possa arrecadar até R$ 15 milhões, valor que seria direcionado a investimentos específicos e estruturantes. Entre os projetos previstos está a construção de uma super creche com capacidade para até 500 crianças, orçada em R$ 3 milhões.
Outra destinação dos recursos seria a construção de um novo parque ecológico e de lazer no bairro Primavera, cuja planta já foi elaborada pela Prefeitura. A obra, no entanto, depende de atualização orçamentária e pode demandar mais de R$ 6 milhões. Além disso, a reforma de telhados de escolas e centros de educação infantil também integra o pacote de propostas, com custo estimado em até R$ 6 milhões.
A proposta dos vereadores representa uma alternativa viável para resolver passivos urbanos e, ao mesmo tempo, investir no futuro da cidade. “Trata-se de um olhar estratégico sobre ativos que hoje não têm função pública e que poderiam ser convertidos em benefícios diretos para a população”, apontam Valdirzinho e Coronel Welyngton.
Caso as propostas avancem, Marechal Cândido Rondon poderá dar um passo importante em direção à modernização da gestão patrimonial, com foco em eficiência e impacto social duradouro.