Nos últimos anos, a Sicredi Aliança PR/SP tem se destacado pela busca incessante por inovação, um processo que vai além da simples adoção de novas tecnologias, envolvendo profundamente a participação de seus colaboradores e associados. A cooperativa com sede em Marechal Cândido Rondon e com área de atuação no oeste paranaense e norte de São Paulo, e que está próximo de alcançar 100 mil associados, vem implementando uma série de iniciativas para promover a inovação em suas operações, conforme relatado por seu diretor-presidente, Fernando Barros Fenner.

Movimento de Inovação Aliança (MIA)
Segundo Fernando, tudo começou em 2018 ou 2019, antes da pandemia, com a criação do Movimento de Inovação Aliança (MIA). Este movimento abriu as portas para a inovação entre todos os membros da equipe, independentemente de seus cargos ou funções. Fenner explica que a inovação na Sicredi Aliança não é uma prerrogativa da diretoria ou do conselho, mas deve surgir de quem está na linha de frente, executando os processos diariamente. "A inovação tem a ver com pessoas. Inovação não vem da diretoria, não vem do conselho; ela acontece por quem está executando o processo", afirma. A iniciativa encorajou os colaboradores a sugerirem mudanças que facilitassem o trabalho diário, promovendo um ambiente de colaboração e melhoria contínua.

Desafios de Implementação
Apesar dos avanços, Fenner reconhece que o principal desafio da inovação reside nas próprias pessoas. Muitos colaboradores, especialmente aqueles com mais tempo de casa, podem resistir às mudanças por estarem acostumados aos processos antigos. "O grande desafio é no mindset, na mentalidade das pessoas de admitirem que o processo que você fez ontem pode não ser mais o melhor hoje", explica. A mudança cultural é essencial para aceitar e implementar inovações, especialmente em um setor tão dinâmico quanto o financeiro. “Convencer a equipe de que a inovação é essencial para garantir a relevância e eficiência futura é uma tarefa contínua”, pontuou.

Tecnologia e Oportunidades
A Sicredi Aliança tem aproveitado as oportunidades trazidas pela rápida evolução tecnológica, como o uso de robôs e inteligência artificial. A cooperativa criou uma área específica de estratégia de inovação e dados, destinada a otimizar processos internos. Segundo Fenner, aproximadamente 40% dos processos manuais foram automatizados, permitindo que os robôs operem 24 horas por dia, enquanto os funcionários se concentram em tarefas que exigem habilidades humanas.
"Com isso, não tivemos demissão de funcionários; pelo contrário, contratamos mais gente", diz Fenner. A automatização permitiu que os colaboradores focassem no atendimento ao associado, melhorando a eficiência e a experiência do cliente.

Desafios Tecnológicos e Legais
A implementação de novas tecnologias também trouxe desafios, especialmente relacionados à legislação e segurança de dados. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) impõe rigorosos requisitos de proteção de dados, que se somam ao sigilo bancário inerente às instituições financeiras. Fenner ressalta a necessidade de constante vigilância e adaptação para garantir a segurança dos dados dos associados.

Cultura de Inovação e Sustentabilidade
Incentivar a cultura de inovação entre os colaboradores e associados é crucial para o crescimento e sustentabilidade da Sicredi Aliança. A criação do MIA foi um passo importante, mas a inovação continua sendo alimentada diariamente por todos os membros da cooperativa. Fenner explica que há um canal interno de novas ideias, onde todos podem contribuir para melhorias nos processos e produtos, num movimento que não tem uma estrutura hierárquica e acontece diariamente. “As equipes trazem novas ideias e contribuições. Isso tem resultado em projetos que facilitam a vida dos colaboradores e melhoram a experiência do associado”, afirmou.
Um exemplo prático, segundo Fernando, é a modernização do Crédito Rural, que agora permite assinaturas digitais na propriedade do associado, reduzindo burocracia e aumentando a eficiência. “Essas inovações não apenas melhoram a experiência do usuário, mas também promovem a sustentabilidade, diminuindo o uso de papel e a necessidade de deslocamentos, facilitam a vida dos colaboradores e melhoram a experiência do associado”, comemorou.

Competitividade e Futuro
No dinâmico mercado financeiro, a Sicredi Aliança se mantém competitiva ao utilizar serviços de startups e fintechs que atendem às necessidades específicas do setor. A cooperativa precisa estar atenta às tendências e, muitas vezes, liderar a inovação no mercado. “Inovação tem a ver com tecnologia, mas parte dos princípios das pessoas”, afirma Fenner, que complementa: “dar liberdade aos colaboradores para trazer ideias novas é fundamental para manter a cooperativa competitiva”.

Dinâmico
Fenner acredita que o mercado financeiro é muito dinâmico e que a cooperativa precisa estar atenta às mudanças e inovações. Ele destaca que muitos projetos inovadores estão acontecendo dentro da Sicredi Aliança PR/SP e que não envolvem tecnologia, mas são parte da vontade das pessoas.
“Quando se fala em inovação, não pense que inovação vai partir da diretoria, do conselho, do quadro gerencial. A inovação acontece na maioria das vezes nos cargos mais iniciais e operacionais, porque é nas operações que se percebem as grandes oportunidades”, conclui Fenner.
Ao valorizar as contribuições de todos os colaboradores e utilizar a tecnologia de forma inteligente, a cooperativa não apenas melhora suas operações, mas também promove um ambiente de trabalho mais dinâmico e sustentável.