Agronegócio Alimentos
Frimesa busca inovar no setor alimentício
A Frimesa destaca-se por oferecer opções de produtos com baixo teor de açúcar, gordura e sódio
29/06/2024 12h02
Por: João Livi

A Frimesa tem investido em suas áreas técnicas para entender as tendências do mercado, o que envolve análise de dados e estudos de mercado. A empresa promove interações com parceiros e fornecedores para se atualizar sobre novas tecnologias e processos que possam otimizar a produção e melhorar a qualidade dos produtos.
De acordo com o presidente-executivo, Elias José Zydek, a empresa participa de feiras e eventos do setor para manter contato direto com fornecedores, parceiros e clientes, além de acompanhar as últimas inovações no mercado de alimentos. “A pesquisa, desenvolvimento e inovação buscam criar produtos, melhorar processos e adaptar-se às demandas do mercado, explorando nichos específicos conforme as tendências de consumo”, enfatiza.
A Frimesa destaca-se por oferecer opções de produtos com baixo teor de açúcar, gordura e sódio, como o achocolatado Friminho e embutidos cárneos. Também tem foco em sustentabilidade, com embalagens de iogurtes mais finas e substituição de filme stretch por cintas reutilizáveis.
A Frimesa está atenta às mudanças do mercado e à legislação, buscando sempre se reinventar e oferecer produtos de qualidade. Além disso, considera os coadjuvantes de tecnologia permitidos fora do Brasil.

Agregando valor
A Frimesa enfrenta importantes desafios na busca por implementar inovações em suas indústrias, visando agregar valor em toda sua cadeia produtiva. “A falta de mão de obra operacional e especializada é um desafio, requerendo investimento em treinamento e desenvolvimento. Além disso, a nacionalização de tecnologias é complexa e exige adaptação às normas locais e infraestrutura”, afirmou o executivo, salientando a importância da busca por tecnologias que agreguem valor a todos os processos, desde a produção até a distribuição é constante.

É coletivo
A Frimesa adota a inovação aberta para promover o desenvolvimento coletivo na indústria de alimentos. Isso envolve parcerias estratégicas com fornecedores, universidades e outras instituições, permitindo o compartilhamento de conhecimento, recursos e experiências.
“Essas colaborações aceleram a inovação e possibilitam o acesso a tecnologias e soluções. A participação no Programa Oeste em Desenvolvimento (POD) e no ecossistema de inovação Iguassu Valley é um exemplo disso. No evento Link Iguassu Valley, a empresa apresenta demandas e recebe soluções de universidades, parques tecnológicos, ICTs e startups”, afirmou.

Responsabilidade
Com mais de 27 mil pessoas envolvidas, entre colaboradores, produtores e familiares, a Frimesa tem a missão de prover alimentos de valor para as pessoas. Para manter esse sistema íntegro, são adotadas políticas internas e externas, incluindo a transparência como uma das práticas de governança do ESG.
A empresa gerencia dados e atividades para permitir a rastreabilidade das informações, evitar riscos e publicar dados coerentes. “No último ano, a Frimesa estabeleceu metas para se moldar como uma indústria de alimentos responsável. Essa abordagem proporciona produtos de carne suína e lácteos com excelência nos processos internos e seguros aos consumidores. Ao aplicar boas práticas em busca do equilíbrio entre o lucro e o interesse social, todos os colaboradores estão engajados na manutenção do bem-estar no ambiente compartilhado”, realçou o executivo.
A transparência nas ações é fundamental para criar confiança com stakeholders e permitir que eles tomem decisões informadas. “A rastreabilidade de dados é importante para auditorias externas e acesso das autoridades públicas às informações. Os dados da cooperativa são publicados nos relatórios disponíveis no site institucional”, analisou.

Mapeando o futuro
Trabalhar com conformidade significa aderir a normas, regulamentos e padrões éticos, o que é relevante para comunidades, órgãos reguladores e parceiros comerciais. A conformidade com padrões ESG demonstra responsabilidade corporativa e ajuda a evitar riscos legais e reputacionais.
Neste conceito Zydek anunciou que a Frimesa publicará o relatório de sustentabilidade, com demonstrações do exercício de 2023, de acordo com a GRI, organização internacional de padrões independentes para comunicação de impactos como as alterações climáticas, os direitos humanos e o combate à corrupção. A implementação desses trabalhos começou em 2022, com um diagnóstico das práticas ESG da Frimesa e o mapeamento dos impactos das atividades na cadeia de valor. O projeto culminou na elaboração do Roadmap Frimesa ESG 2040, com 15 compromissos públicos com sustentabilidade, estabelecendo metas de curto, médio e longo prazo.
“A Frimesa foi a primeira cooperativa brasileira a estabelecer metas ESG para a indústria de alimentos, demonstrando seu compromisso em liderar a evolução para um futuro mais sustentável e inclusivo. O lançamento dos compromissos aconteceu durante o Fórum Frimesa ESG 2040, em agosto de 2023”, reforçou.

Pilar
O pilar estratégico da Frimesa é sustentar as cadeias produtivas do suíno e do leite com nossas cooperativas filiadas. “Projetos de expansão foram definidos para aumentar a produção de leite e suínos, instalar indústrias modernas para processamento desses produtos e assim, aumentar a oferta de alimentos ao mercado. Nosso objetivo é avançar e proporcionar a expansão da produção no campo conforme o desejo das cooperativas filiadas e dos seus associados” ratificou.

Expansão
Zydek cita que o modelo de expansão da Frimesa se baseia em ampliar nossa base de serviço comercial, aumentar o número de clientes ativos e a equipe de vendas para oferecer um bom serviço logístico. “Nosso portfólio de produtos é definido para ocupar a capacidade de produção instalada em nossas indústrias, consumir toda a matéria-prima disponível e atender as demandas dos clientes e consumidores. O desafio é fazer com que a marca seja reconhecida, seja por uma melhor comunicação ou por outros meios. Os mercados são concorridos e desenvolvemos a melhor estratégia para ocupar o espaço o mais rápido possível”, inteirou.
“Nosso foco principal é o mercado doméstico com produtos processados, mas estamos preparados para ampliar nossa participação no mercado externo. Algumas partes do suíno não são processadas e para muitos destes produtos o mercado externo têm sido a alternativa mais viável. Como estamos no Paraná, ainda enfrentamos restrições para acessar muitos mercados consumidores de carne suína. Embora o estado já tenha conquistado o status de zona livre de aftosa sem vacinação, vários países com mercados relevantes não fizeram esse reconhecimento. Trabalhamos para que os países que importam carne suína façam esse reconhecimento e possamos exportar para estes mercados. Participamos de várias missões internacionais e das feiras internacionais mais importantes do mundo. Mais cedo ou mais tarde, novos mercados vão se abrir para o Paraná e para a Frimesa”, corroborou.

É moderna
A Frimesa, reconhecendo a importância da digitalização e automação para o crescimento e otimização da produção, investiu na construção da Unidade de Assis Chateaubriand, um dos frigoríficos de suínos mais modernos do Brasil. Esta unidade utiliza robôs e equipamentos avançados, melhorando a qualidade dos produtos e reduzindo o esforço dos colaboradores. Além disso, foram implantados equipamentos modernos para embalagens que agregam valor ao produto final.
A empresa também investiu em tecnologia para produção de biogás e tratamento de água. A Frimesa busca constantemente a evolução na aplicação de tecnologias para rastreabilidade de toda a cadeia produtiva e modernização de suas plantas industriais.