Tradicionalmente associado a confraternizações, premiações e reconhecimento profissional, o fim de ano também é marcado pelo pagamento de bônus e gratificações aos trabalhadores. No entanto, uma parte significativa desses valores nem sempre chega integralmente ao bolso do colaborador. Dependendo da forma como o benefício é concedido, os descontos podem reduzir o valor recebido em até 37,5%.
Quando o bônus é pago junto com o salário ou enquadrado como Participação nos Lucros e Resultados (PLR), ele passa a ser tratado como renda. Nesses casos, incidem descontos obrigatórios de INSS e Imposto de Renda, que variam conforme a faixa salarial do colaborador. Para quem está nas alíquotas mais elevadas, a redução no valor final pode ser expressiva.
Levantamento da Ecx Pay, fintech especializada em soluções corporativas, aponta que o valor médio pago pelas empresas como bônus de fim de ano gira em torno de R$ 500. Com a aplicação dos encargos tributários, esse montante pode sofrer descontos de aproximadamente R$ 187,50, diminuindo significativamente o impacto financeiro positivo esperado pelo trabalhador.
O cenário reforça a importância de atenção tanto por parte das empresas quanto dos colaboradores quanto à forma de concessão de benefícios financeiros. Além de comprometer o valor líquido recebido, a tributação pode gerar frustração ao profissional que, muitas vezes, conta com esse recurso extra para equilibrar o orçamento em um dos períodos de maior gasto do ano.
Especialistas destacam que compreender como funciona a incidência de impostos sobre bônus e gratificações é fundamental para evitar surpresas e permitir um planejamento financeiro mais realista no encerramento do ano.