Economia Drex
Drex: Real Digital avança com testes em múltiplos setores e pode alterar transações financeiras
Banco Central seleciona 13 casos de uso em fase piloto, destacando câmbio otimizado e contratos inteligentes para automóveis e imóveis, com participação de consórcios como XP-Visa, Nubank e B3
06/09/2024 09h29
Por: João Livi


O Drex, também conhecido como "real digital," está passando por uma fase de testes importante liderada pelo Banco Central, que selecionou 13 casos de uso para essa etapa. O objetivo é explorar as possibilidades oferecidas pela moeda digital do BC, também chamada de CBDC (Central Bank Digital Currency).

Esses testes são divididos em temas específicos, sendo que 11 são de responsabilidade do Banco Central e 2 estão sob a supervisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Entre os casos mais promissores, destacam-se o aprimoramento do mercado de câmbio e a introdução de contratos inteligentes em transações de bens como automóveis e imóveis.

No primeiro caso, o consórcio formado por XP, Visa e Nubank está trabalhando para tornar mais acessíveis e econômicas as operações de câmbio, o que poderia facilitar transferências internacionais e aumentar o interesse em investimentos no exterior.

O uso de contratos inteligentes é outro aspecto que chama a atenção. Essa tecnologia visa tornar transações, como a compra de carros e imóveis, mais seguras e automatizadas, liberando os pagamentos apenas quando os acordos pré-definidos são cumpridos.

Além disso, a concessão de crédito garantido por títulos públicos e CDBs também está sendo testada, o que poderia trazer mais segurança e agilidade às operações financeiras.

O Banco Central já anunciou que no terceiro trimestre de 2024 abrirá uma nova chamada para entidades interessadas em participar do projeto Piloto Drex, que atualmente envolve 16 consórcios.

Parceiros do consórcio:
Os consórcios selecionados para os testes incluem grandes nomes do setor financeiro e tecnológico. Entre os principais parceiros estão XP, Visa, Nubank, B3, Santander, BB (Banco do Brasil), Caixa, TecBan, ABBC, Inter, BV, BTG e SFCoop, além de empresas como Microsoft, Cerc, Sinqia, Elo e Mastercard.