Geral Rio de Janeiro
Vereadores de Marechal Cândido Rondon manifestam solidariedade a policiais mortos em operação no Rio de Janeiro
Tânia Maion e coronel Welyngton usaram a tribuna da Câmara para lamentar as mortes e alertar sobre o avanço do crime organizado no país
05/11/2025 17h32
Por: João Livi
Vereadores Tânia Maion e coronel Welyngton Alves prestaram homenagem a policiais mortos no Rio e alertaram sobre o avanço do crime organizado no Brasil. (Foto: Divulgação/Câmara Municipal)

Durante a sessão da Câmara Municipal de Marechal Cândido Rondon, nesta semana, os vereadores Tânia Maion e coronel Welyngton Alves da Rosa fizeram manifestações sobre a operação policial realizada no Rio de Janeiro, que resultou na morte de quatro agentes de segurança. Em seus discursos, ambos prestaram homenagem aos policiais e alertaram para o avanço da criminalidade organizada no país, relacionando o episódio à necessidade de fortalecimento das políticas de segurança pública.

Tânia Maion: “O silêncio só favorece o crime”

Em sua fala, a vereadora Tânia Maion citou o artigo 144 da Constituição Federal, que estabelece a segurança pública como dever do Estado e responsabilidade de todos. Ela agradeceu e homenageou o comando da Polícia do Rio de Janeiro e os policiais envolvidos na operação, manifestando condolências aos familiares das vítimas.

Continua após a publicidade

“Presto minha continência aos heróis que tombaram no Rio de Janeiro em defesa do povo brasileiro de bem, que só quer a defesa da sua família e a garantia dos seus direitos fundamentais”, afirmou.

A parlamentar criticou o que classificou como impunidade e desordem institucional no país, apontando que “o Estado Democrático de Direito não está mais funcionando como deveria”. Ela comparou o posicionamento do Brasil com o de outros países latino-americanos que já reconheceram facções criminosas como grupos terroristas.

Tânia também defendeu a necessidade de posicionamento da sociedade diante do avanço do crime e encerrou sua fala com uma mensagem de fé e coragem:

“A omissão também é uma escolha. E quem escolhe o silêncio, escolhe o lado errado da história. Em Josué 1:9, está escrito: sê forte e corajoso, não temas, porque o Senhor, teu Deus, é contigo, por onde quer que andares”.

Coronel Welyngton : “O Rio vive uma guerra, e precisamos aprender com isso”

Na sequência, o vereador coronel Welyngton Alves da Rosa também se pronunciou sobre o tema, reforçando as palavras da colega e destacando os números alarmantes da violência no Brasil. Ele lembrou que o país registra, anualmente, 44 mil assassinatos, 89 mil estupros, 1.400 feminicídios e 50 mil empresas assaltadas, além de 88 facções criminosas ativas, sendo duas de nível internacional.

“Infelizmente, o que vemos hoje é que filhos e filhas de famílias estão sendo cooptados pelo crime organizado. Centenas de policiais mortos, inúmeras famílias destruídas pela droga e pelo álcool. A polícia age pela defesa da sociedade”, destacou o vereador.

O coronel Welyngton comparou a situação do Rio de Janeiro com a do Paraná, afirmando que é preciso “refletir se queremos esse mesmo cenário para o Estado e para o Oeste paranaense”. Ele classificou o episódio como uma verdadeira “guerra civil urbana”, marcada pelo uso de armamentos pesados e táticas de guerrilha.

“Não começou da noite para o dia. Isso vem se criando com o tempo, com omissões. É preciso pensar em políticas públicas que evitem que o crime se instale como aconteceu no Rio”, alertou.