O projeto “De Homem para Homem” foi lançado nesta terça-feira, em Curitiba, pelo governo do Estado, com o propósito de conscientizar e educar o público masculino sobre a importância de prevenir e evitar a violência contra as mulheres. A iniciativa inclui uma série de palestras e ações educativas em órgãos públicos, empresas e instituições de ensino, com o objetivo de sensibilizar os homens sobre seu papel fundamental na construção de uma sociedade mais segura e igualitária.

As palestras, que serão conduzidas por delegados e policiais militares, abordarão os direitos das mulheres, as consequências legais dos crimes cometidos contra elas, e a necessidade de uma mudança cultural que elimine comportamentos abusivos. A cartilha promove a reflexão sobre a responsabilidade dos homens em se posicionar contra qualquer forma de violência, seja ela física, sexual, psicológica ou emocional.

Segundo a Secretária da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponde, o projeto é um complemento vital às ações já realizadas pelo Governo do Estado, que focam principalmente no suporte às vítimas. "A conscientização masculina é crucial para a eficácia dessas ações, pois precisamos envolver toda a sociedade nessa discussão”, destacou.

O programa também utiliza vídeos com depoimentos de familiares de vítimas e de condenados por feminicídio, visando mostrar o impacto devastador da violência na vida das famílias e da sociedade como um todo. A iniciativa pretende alcançar ambientes onde tradicionalmente predominam homens, como clubes de futebol e grupos de motociclistas, ampliando assim o alcance das mensagens.

Com um ciclo inicial de 38 encontros que já reuniu mais de 3 mil pessoas, a expectativa é que o projeto se expanda para várias cidades do Estado, promovendo uma mudança significativa na maneira como os homens abordam e discutem a questão da violência contra a mulher. 

As ações do projeto fazem parte do programa "Mulher Segura", que já realizou mais de 24 mil visitas a vítimas e testemunhas de crimes contra a mulher, resultando em uma queda de 35,4% nos casos de feminicídio em municípios com altos índices de violência doméstica. O impacto positivo dessas ações demonstra a importância de integrar a conscientização masculina às estratégias de combate à violência, reforçando a necessidade de um engajamento coletivo nessa causa.