Emprego Mercado de trabalho
Indústria paranaense gera mais de 2 mil empregos em setembro e mantém papel central na economia estadual
Setor industrial soma quase 1 milhão de trabalhadores formais e segue sustentando o desenvolvimento do Paraná, apesar da desaceleração em relação a 2024
31/10/2025 15h18
Por: João Livi Fonte: Sesi/PR
Setor industrial do Paraná gera mais de 2 mil vagas em setembro e mantém quase 1 milhão de trabalhadores formais em atividade. (Foto: Gelson Bampi)

A indústria do Paraná segue como um dos principais motores da economia estadual. Em setembro de 2025, o setor gerou 2.026 novos empregos com carteira assinada, segundo dados do Novo Caged, divulgados nesta quinta-feira (30). O resultado mantém a indústria entre os segmentos que mais contribuem para o dinamismo do mercado de trabalho, mesmo em um cenário de juros elevados e incertezas econômicas globais.

Com o desempenho do mês, o número de trabalhadores formais na indústria paranaense chegou a 999.925 vínculos ativos. Os setores da indústria de transformação e da construção responderam juntos por 16,8% das novas vagas formais no Estado. A indústria geral representou 13,2% do total de contratações, enquanto a construção civil foi responsável por 3,6%.

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Crescimento com ritmo moderado

Apesar do saldo positivo, o resultado representa uma desaceleração de 62% em relação a setembro do ano passado, quando o Paraná havia criado 5.271 postos industriais. No acumulado de 2025, o Estado soma 37.045 novas vagas, volume 35% inferior ao registrado entre janeiro e setembro de 2024.

Segundo a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), o desempenho reflete a resiliência do setor, que continua reagindo mesmo diante das pressões econômicas e de oscilações na demanda em cadeias estratégicas.

Setores em destaque

Em setembro, os segmentos que mais contribuíram para o saldo positivo foram:

No acumulado do ano, o setor alimentício lidera a geração de empregos, com quase 8.500 novas vagas, seguido por serviços especializados para construção (4.900), construção de edifícios (3.400), confecção e vestuário (2.200) e manutenção de máquinas e equipamentos (2.100).

Por outro lado, setores como obras de infraestrutura (-743), produtos de madeira (-723) e veículos automotores (-400) registraram retração no mês. A queda mais expressiva foi na indústria madeireira, impactada pelo cenário externo desfavorável e pela redução nas exportações.

Expectativas para o fim do ano

A projeção da Fiep é de que o último trimestre de 2025 traga aceleração nas contratações, impulsionada por investimentos industriais, expansão de plantas produtivas e pela sazonalidade do fim de ano, com datas como Black Friday, Natal e Ano Novo movimentando o mercado.

A entidade destaca que a diversificação da base produtiva do Paraná - com destaque para os segmentos de alimentos, construção e vestuário - garante ao Estado competitividade e capacidade de reação frente aos desafios econômicos.