C, S, Lewis era um mestre quando se tratava de palavras e descrições. As palavras contêm mais do que clareza conceitual para a mente. Quando algo é bem descrito, nos sentimos inclinados à coisa em si. Ela nos convida a responder.

Com nossas mentes, respondemos com entendimento e absorção intelectual. Às vezes, respondemos com a vontade, pois compreender verdadeiramente uma coisa pode exigir que façamos as escolhas correspondentes a essa compreensão: uma descrição de perigo pode levar a uma resposta voluntária de luta ou fuga.

Uma descrição da beleza pode levar a pessoa a desejar permanecer diante dela e beber tudo o que é oferecido à vista. Além disso, as descrições podem convidar a uma resposta emocional: palavras de ódio geram ódio; palavras de amor despertam o coração para a adoração.

As palavras apelam para a pessoa como um todo. Lewis entendia isso, e suas palavras, medidas como eram, procuravam obter de seus leitores uma resposta que os abrisse para um mundo mais amplo, onde a graça pode ser conhecida e experimentada.

Talvez nenhum tópico apele mais a profunda necessidade da alma do que as palavras da graça de Deus!

(Adaptado por T. H. Vanderlinde da obra “O pensamento vivo de C. S. Lewis: uma jornada espiritual pela obra do autor de As crônicas de Nárnia”)

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