Agronegócio Food Valley Paraná
Food Valley Paraná conecta UFPR e cooperativas em polo tecnológico inédito para o agronegócio
Lançamento oficial será em 24 de outubro, em Palotina, durante o 1º Encontro de Lideranças e Gestores do Agro
14/10/2025 07h59
Por: João Livi Fonte: UFPR - C3SL
Lançamento do Food Valley Paraná será no dia 24 de outubro, na sede administrativa do Sicredi em Palotina. (Imagem: Divulgação)

O agronegócio paranaense ganha um novo marco de inovação com o lançamento do Food Valley Paraná, o primeiro hub tecnológico voltado exclusivamente ao setor no estado. A iniciativa, idealizada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) por meio do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL), une universidades, cooperativas e entidades públicas para desenvolver soluções tecnológicas próprias e sob medida para os desafios do campo.

O evento de lançamento acontece no dia 24 de outubro, na sede administrativa do Sicredi, em Palotina, dentro da programação do 1º Encontro de Lideranças e Gestores do Agro, reunindo dirigentes, pesquisadores e representantes do setor produtivo.

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Inovação com base cooperativista

O projeto conta com o apoio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Sistema Ocepar, Sicredi e C-Vale. Juntos, esses parceiros reforçam o elo entre ciência, cooperativismo e desenvolvimento sustentável, consolidando o Paraná como referência nacional em agrotecnologia.

De acordo com o pesquisador do C3SL e professor do Departamento de Informática da UFPR, Luis de Bona, o Food Valley Paraná transforma o estado em um verdadeiro “laboratório vivo de novas tecnologias”. A proposta é conectar a capacidade científica da UFPR às demandas práticas das cooperativas, criando um ambiente de inovação aplicado ao dia a dia do produtor rural.

Reduzindo a dependência de tecnologia importada

O professor e pesquisador Carlos Eduardo Zacarkim, do Departamento de Engenharia da UFPR Palotina, destaca que o hub será um divisor de águas para o agronegócio paranaense. Segundo ele, o objetivo é reduzir a dependência de tecnologias estrangeiras, desenvolvendo sistemas e equipamentos adaptados às condições locais de solo e clima.

“Grande parte da tecnologia usada no campo brasileiro é importada e muitas vezes projetada para realidades completamente diferentes da nossa”, explica Zacarkim. “O Food Valley vem para mudar isso, tornando o Paraná não só o celeiro do mundo, mas também o maior laboratório de inovação do agro”.

Com a união entre pesquisa científica e o poder de mobilização das cooperativas, o Food Valley Paraná promete acelerar a transição do agronegócio para uma nova era - mais tecnológica, sustentável e conectada com o futuro.