Ideias inovadoras, energia colaborativa e soluções reais para desafios do mercado marcaram o Super Hackathon 2025, realizado no último fim de semana, de forma simultânea em Cascavel, Toledo e Foz do Iguaçu. O evento mobilizou graduandos, mestrandos, doutorandos, startups, profissionais de tecnologia e inovação, investidores, mentores e universidades, consolidando-se como uma das maiores maratonas de inovação do Oeste do Paraná.
Ao todo, 33 equipes competiram com o desafio de criar soluções viáveis e com potencial de mercado voltadas aos setores de turismo, comércio e gestão pública. Destas, 20 equipes se classificaram para a próxima fase, que será realizada no dia 10 de outubro, durante o Summit Iguassu Valley, o maior encontro de inovação e empreendedorismo da região.
Na etapa de Cascavel, dez equipes se destacaram com soluções voltadas à modernização da gestão pública. O primeiro lugar ficou com o time Zer0 Desperdício, seguido por Pynhão e Cacic. Também avançaram Workflux, Grupo do Bolo, É os Guri, Pongas, Polly Vader, Capito e Lós Marinados.
O grupo campeão apresentou um sistema digital de controle e gestão de estoques públicos, capaz de integrar almoxarifados de diferentes secretarias e simplificar o registro de entradas e saídas por meio de leitura de códigos de barras.
O líder da equipe, Vinicius Martines, celebrou o resultado com emoção:
“Quando soubemos que tínhamos ficado em primeiro lugar, todo mundo gritou, se abraçou e chorou. Acreditávamos na ideia, mas ver o reconhecimento foi indescritível”.
Em Toledo, as propostas foram direcionadas à transformação digital no comércio, com sete equipes classificadas. O time Maxpiggy conquistou o primeiro lugar, seguido por Egtech e Bioface. Também se destacaram Arpa, Memoryleakers, IFPR e Gambitos.
O grupo vencedor apresentou uma plataforma voltada ao setor de materiais de construção, que realiza orçamentos em tempo real, sugere produtos alternativos e fornece indicadores de performance para otimizar o atendimento e as vendas.
Para Edinéia dos Santos Brizola Brum, integrante do time Maxpiggy, o maior prêmio é a aplicabilidade da ideia:
“O que mais nos motiva é ver que a solução pode ser realmente implementada. Não é só um projeto de hackathon, mas algo que pode gerar valor para o mercado”.
Na cidade de Foz do Iguaçu, as equipes foram desafiadas a propor soluções tecnológicas para o setor de turismo, um dos pilares econômicos do Oeste. O primeiro lugar ficou com o time Prisma, seguido por Exploratur e 568.
O projeto Prisma criou uma plataforma de precificação inteligente para pequenos empresários, que utiliza inteligência artificial para monitorar o mercado e auxiliar na definição de preços sob cenários de incerteza.
“Vivemos e respiramos o projeto durante todo o Hackathon. Antes mesmo de escrever a primeira linha de código, estudamos o problema a fundo. Validamos a solução e fundamentamos cada detalhe. Ver nosso nome no telão foi uma explosão de alegria”, contou Thomas William de Oliveira, um dos integrantes da equipe Prisma.
Segundo o consultor do Sebrae/PR, Marcos Ambrósio, o Super Hackathon mobilizou mais de 300 pessoas, entre participantes, mentores, facilitadores e organizadores.
“O evento revelou talentos e consolidou a força do ecossistema de inovação regional. Agora, os 20 times classificados passam a receber mentorias e diagnósticos de negócio para aprimorar suas soluções antes da final no Summit Iguassu Valley”, explicou.
A etapa final reunirá as equipes em um ambiente de imersão e networking, com apresentações diante de uma banca de investidores e representantes do setor de tecnologia e empreendedorismo.