Brasil Bolsonaro
Bolsonaro visita Marechal Cândido Rondon e faz discurso com críticas ao atual governo federal
Esta é apenas a segunda vez na história do município que um presidente ou ex-presidente da República pisa no solo rondonense
29/08/2024 12h16 Atualizada há 3 meses
Por: João Livi
Fotos: João Livi

Na manhã desta quinta-feira, Marechal Cândido Rondon recebeu a visita do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, que se reuniu com apoiadores em um discurso marcado por críticas ao governo atual e reflexões sobre seu legado. A visita de Bolsonaro é histórica, sendo a segunda vez que um presidente da República visita o município. A primeira foi na década de 1970, quando o então presidente Ernesto Geisel esteve na cidade. Agora, Bolsonaro, já como ex-presidente, se torna o segundo líder que esteve à frente do Executivo Federal a visitar Marechal Cândido Rondon.

Em sua fala, Bolsonaro expressou gratidão pela recepção calorosa e relembrou momentos marcantes de sua trajetória política e pessoal.

"É uma alegria muito grande estar no meio do povo brasileiro", iniciou Bolsonaro, destacando sua gratidão a Deus pela "segunda vida" que ele celebra no próximo dia 6 de setembro em Juiz de Fora, fazendo referência ao atentado sofrido durante a campanha presidencial de 2018. Ele também mencionou o privilégio de ter liderado o Executivo Federal por quatro anos, afirmando que sua saída não foi vontade do povo brasileiro, mas que "a verdade está chegando."

Durante o discurso, Bolsonaro citou o versículo bíblico João 8:32, "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará", utilizando-o para destacar a importância da verdade para a construção de uma nação unida e próspera. Ele comentou sobre sua jornada política inesperada, desde a eleição como vereador em 1988 até a presidência da República, e refletiu sobre o apoio popular que recebe em todo o Brasil, inclusive nas regiões mais remotas.

Bolsonaro aproveitou a oportunidade para criticar o governo atual, especialmente em relação às políticas econômicas e sociais. Ele mencionou a ideologia de gênero como um problema introduzido em 2009 e atribuiu ao Partido dos Trabalhadores (PT) a responsabilidade por essas mudanças, que ele considera prejudiciais às famílias brasileiras.

Além disso, Bolsonaro comentou sobre a recente reforma tributária, que, segundo ele, resultará em uma maior carga tributária para a população, e alertou para os impactos negativos que isso terá sobre a economia e a liberdade dos cidadãos. Ele também falou sobre suas ações durante seu mandato para reduzir impostos e combater a corrupção, citando como exemplo a melhoria na gestão de empresas estatais, como a Itaipu Binacional.

O ex-presidente encerrou o discurso com um apelo à importância da liberdade e da meritocracia, valores que ele considera essenciais para o desenvolvimento do Brasil. "A liberdade não tem preço. O homem sem liberdade não tem vida", afirmou Bolsonaro, reforçando seu compromisso com a defesa desses princípios.

Bolsonaro também fez um apelo aos eleitores de Marechal Cândido Rondon para que votem com consciência nas próximas eleições municipais e para que continuem a apoiar candidatos que compartilhem dos valores conservadores e patrióticos.

A visita de Bolsonaro a Marechal Cândido Rondon reforça seu papel como uma figura influente no cenário político nacional, especialmente entre os conservadores, e marca mais um capítulo em sua contínua presença no debate público brasileiro.

Além de Marechal Cândido Rondon, Bolsonaro e sua caravana visitaram os municípios de Nova Santa Rosa e Quatro Pontes, fechando assim um ciclo de visitas a três cidades que lhe deram dos maiores percentuais de votos nas eleições de 2022. Em cada localidade, o ex-presidente foi recebido com entusiasmo por apoiadores, reforçando sua influência contínua no cenário político brasileiro, especialmente entre os eleitores conservadores.

A visita de Bolsonaro a esses municípios do Oeste do Paraná é mais um capítulo em sua presença constante no debate público, consolidando seu papel como uma figura central no movimento conservador no Brasil.