Empreender Confiança
Confiança do empresário cai 5,2% em setembro e acende alerta no varejo paranaense
Indicador acumula sete meses abaixo da linha de satisfação e revela pessimismo persistente no setor
30/09/2025 18h33
Por: João Livi Fonte: Fecomércio
Índice de confiança dos empresários do comércio no Paraná acumula sete meses de queda e expõe cenário de cautela no setor.

A confiança do empresário do comércio voltou a despencar no Paraná. Em setembro, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) recuou 5,2% e fechou em 90,2 pontos, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Fecomércio PR.

O resultado mantém a curva negativa observada desde janeiro e consolida sete meses seguidos abaixo da linha de 100 pontos – nível que separa a satisfação do pessimismo. Na comparação anual, a queda é ainda mais acentuada: 13,1% frente a setembro de 2024.

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Queda generalizada

O cenário não é exclusivo do Paraná. No Brasil, o índice também caiu (-5%), chegando a 97,2 pontos e entrando pela primeira vez no ano no campo da insatisfação. A região Sul apresentou os menores níveis de confiança em todos os portes empresariais.

No estado, as médias e grandes empresas registraram a maior retração, de 8,5% em relação a agosto, marcando 91,5 pontos. Já os micro e pequenos empresários tiveram baixa de 5,1%, fechando em 90,2 pontos.

Condições atuais preocupam

A pior percepção está nas Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), que despencaram para 63,8 pontos em setembro, uma queda de 8,6% no mês e 17,7% em relação ao ano passado. O dado expõe a dificuldade dos empresários em lidar com a realidade econômica imediata.

Mesmo acima da zona de satisfação, as Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC) também encolheram: -4,4% no mês e -15,7% no comparativo anual, chegando a 110,2 pontos. Já os Investimentos do Empresário do Comércio (IIEC) recuaram 3,6% em setembro e 6,4% no ano, marcando 96,7 pontos.

Pessimismo consolidado

Com todos os subindicadores em queda, o setor varejista paranaense mostra sinais claros de cautela diante das incertezas econômicas. A combinação de retração prolongada, dificuldade de investimento e perspectivas em baixa reforça um quadro de pessimismo persistente, que pode impactar diretamente o ritmo de recuperação do comércio nos próximos meses.