Nesta semana, as cidades de Londrina e Foz do Iguaçu intensificam o combate à dengue com uma estratégia natural e inovadora: a liberação de 4,3 milhões de Wolbitos – mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia, conhecida por reduzir a transmissão de doenças como dengue, Zika e chikungunya.
O programa, que começou nesta segunda-feira (26), faz parte de uma iniciativa coordenada pelo World Mosquito Program (WMP) em parceria com as equipes de vigilância ambiental dos municípios. A ação se estenderá por 20 semanas, com a liberação de 1,3 milhão de Wolbitos em Foz do Iguaçu e 3 milhões em Londrina apenas nesta semana, totalizando mais de 84 milhões de mosquitos até o fim do ano.
Diferente de métodos tradicionais, os Wolbitos não são geneticamente modificados e são seguros para a população. A Wolbachia, naturalmente presente em 60% dos insetos, impede que os vírus se desenvolvam dentro do mosquito, reduzindo significativamente a transmissão das doenças.
"A tecnologia é uma peça-chave no enfrentamento das arboviroses, mas o sucesso também depende do esforço contínuo da população em eliminar criadouros e manter os quintais limpos", destaca Ivana Belmonte, coordenadora da Vigilância Ambiental da Sesa.
Essa operação, que envolve diversas esferas governamentais e entidades como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Itaipu Binacional, marca uma nova era no combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. As fábricas de Wolbitos, inauguradas recentemente em Foz do Iguaçu e Londrina, representam um avanço significativo na implementação desta tecnologia no Brasil.
Com a união de esforços, Londrina e Foz do Iguaçu lideram o combate natural às arboviroses, abrindo caminho para um futuro mais seguro e saudável para suas comunidades.