A Copel promoveu nesta quarta-feira (10), em Curitiba, um encontro com cerca de 40 operadoras de telecomunicações e dados que atuam nas regiões Leste e Centro-Sul do Paraná. A reunião tratou de medidas de segurança no compartilhamento de postes e da necessidade de ordenar a fiação aérea em espaços públicos.
Segundo o gerente da Divisão de Inventário e Fiscalização do Compartilhamento de Estruturas da Copel, Rafael Buckoski, a prioridade é reduzir riscos nas cidades. “Para a Copel, a segurança é um valor inegociável. Vocês têm sido convocados pela companhia para ações programadas de organização de cabos soltos em vias públicas. São intervenções que têm que convergir para a segurança. Temos que ter o compartilhamento com a segurança”, afirmou.
O compartilhamento de postes é previsto na legislação desde a Lei Geral das Telecomunicações, de 1997, e regulamentado pela resolução conjunta Aneel/Anatel nº 1.044/2022, que obriga a cessão de espaço pelas concessionárias de energia, mas condiciona o uso à preservação da segurança de pessoas e infraestrutura.
Durante o encontro, o técnico de Segurança do Trabalho da Copel, Fábio Luiz Pinheiro Maciel, defendeu maior investimento em prevenção e capacitação por parte das empresas. “Segurança ninguém faz sozinho, mas em conjunto. Empresas organizadas não querem ter acidentes de trabalho, porque um acidente não compensa o sucesso da produtividade. Quando ocorrem acidentes é necessário repensar processos”, disse.
Ele também apresentou o projeto Guardião da Vida, iniciativa da Copel voltada à conscientização sobre segurança no trabalho. Maciel destacou a necessidade de checagem de veículos, equipamentos de proteção individual, sinalização em vias e cursos obrigatórios para atividades em altura e próximas à rede elétrica. “Segurança é repetição e conscientização. Não temos como saber se tem energia ou não em um cabo olhando para ele. Existem procedimentos e equipamentos próprios para verificar se existe tensão ou não”, completou.
As supervisoras Thaís Lázaro e Adriane Fuhr explicaram como funciona a Plataforma de Gestão de Compartilhamento de Estruturas, ferramenta pela qual as empresas são cadastradas e notificadas sobre riscos, regularizações técnicas e ações programadas. O objetivo é acelerar respostas em situações críticas, prevenir acidentes e evitar falhas na prestação de serviços de dados.
O supervisor Wellington Lucas Tondo apresentou os ordenadores - equipamentos desenvolvidos pela Copel para organizar a passagem de cabos em postes. “Os ordenadores tornam a rede mais compacta, com menor impacto visual e adequação dos cabos”, explicou.
Para o gerente de Compartilhamento de Estruturas da Copel, Fabrício Salmazo, o evento reforça a importância da atuação conjunta. “As operadoras reunidas neste evento integram mais de 6 mil profissionais que atuam na instalação e organização de cabos de telecomunicações e dados. O zelo pela segurança é prioridade e a manutenção corretiva uma necessidade para manter as estruturas em ordem e dentro das normas legais”, destacou.
O encontro encerrou a série de reuniões promovidas pela Copel neste ano com empresas de telecomunicações em diferentes regiões do Paraná.