A produção mineral do Paraná atingiu resultados históricos em 2024. O valor comercializado alcançou R$ 2,65 bilhões, crescimento de 8,7% em relação a 2023, quando foram registrados R$ 2,44 bilhões. O volume extraído também subiu: de 71,99 milhões de toneladas para 73,46 milhões de toneladas, alta de 2%. Já o preço médio por tonelada saltou 5,4%, de R$ 32,78 para R$ 34,53.
Os dados fazem parte do 4º Informe Mineral de 2025, divulgado nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).
Em crescimento desde 2018, a mineração paranaense abastece principalmente a construção civil e o setor agrícola. Agregados como areia e brita, além de rochas carbonáticas como calcário e dolomito, representaram 90,8% do volume e 84,4% do valor movimentado no último ano.
Graças à exploração de rochas carbonáticas, o Estado produziu 7,36 milhões de toneladas de cimento (11,2% da produção nacional) e 8,49 milhões de toneladas de corretivo agrícola (14,2% do estoque do País). Do total, 4,71 milhões de toneladas de cimento e 5,13 milhões de corretivos foram consumidos internamente, enquanto 2,65 milhões e 3,36 milhões de toneladas, respectivamente, foram exportadas.
O Paraná também se destaca na produção de argilas para tijolos e telhas, talco para cosméticos e tintas, feldspato para a indústria do vidro, fluorita para o setor químico, barita utilizada em perfuração de petróleo, carvão mineral para geração de energia, além de ouro e prata, que têm destino na joalheria e em componentes eletrônicos.
O levantamento do IAT mostra que a mineração paranaense rivaliza em peso com a produção agrícola. Em 2023, os 71,99 milhões de toneladas de minérios corresponderam a 84,6% da safra agrícola estadual. Já em 2022, a equivalência chegou a 97,9%.
A mineração é autorizada pela Agência Nacional de Mineração (ANM), com licenciamento ambiental do IAT. Em 2024, foram concedidos 2.826 títulos minerários com potencial de lavra, abrangendo cerca de 1% do território paranaense.
No mesmo período, 535 empresas recolheram a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) em 193 municípios, resultando em R$ 36,35 milhões. Desse montante, 60% foram destinados às cidades impactadas pela atividade, 15% ao Estado e 10% ao governo federal.
Os números reforçam a relevância do setor mineral como vetor econômico do Paraná, tanto para abastecer indústrias e o agronegócio quanto para sustentar cadeias produtivas estratégicas. O relatório completo do IAT está disponível no site da autarquia.