Esportes Ginástica Rítmica
Brasil faz história no Mundial de Ginástica Rítmica com medalhas inéditas e destaque paranaense
Seleção conquista duas pratas no Rio de Janeiro e Bárbara Domingos garante o melhor resultado individual da história do País
25/08/2025 09h22
Por: João Livi
Seleção Brasileira de Ginástica Rítmica celebra a conquista de duas pratas históricas no Mundial do Rio de Janeiro, com protagonismo de atletas do Paraná. (Foto: Ivan Carvalho/CBG)

O Brasil encerrou neste domingo (24) sua participação no 41º Mundial de Ginástica Rítmica, no Rio de Janeiro, com um desempenho histórico. Pela primeira vez, o País conquistou medalhas em um campeonato mundial da modalidade, levando duas pratas por equipes, e ainda alcançou o melhor resultado individual já registrado, com a curitibana Bárbara Domingos, que terminou em 9º lugar na competição solo.

Medalhas inéditas no conjunto

No sábado (23), o conjunto brasileiro abriu caminho para o feito histórico ao conquistar a prata na disputa geral, somando 55.250 pontos nas duas apresentações. O ouro ficou com o Japão (55.550) e o bronze com a Espanha (54.750). Já no domingo, a equipe voltou ao pódio com a segunda prata, desta vez na apresentação com bolas e arcos. O Brasil somou 28.550 pontos, atrás apenas da Ucrânia (28.650), superando a China, terceira colocada (28.350).

Protagonismo do Paraná

Entre as cinco atletas que integraram a Seleção Brasileira medalhista, duas treinam no Paraná e tiveram apoio direto do Governo do Estado. A curitibana Mariana Gonçalves, de 20 anos, compete pela Associação de Ginástica Rítmica (AGIR), que recebeu R$ 199 mil por meio do Programa Estadual de Fomento e Incentivo ao Esporte (Proesporte). Já Nicole Pircio, paulista de Piracicaba que treina em Londrina, contou com bolsas do Programa Geração Olímpica e Paralímpica entre 2017 e 2024.

No individual, o destaque também veio do Paraná. A curitibana Bárbara Domingos, atleta da AGIR, garantiu a inédita 9ª colocação geral para o País. Babi, como é conhecida, foi bolsista do Geração Olímpica e Paralímpica de 2012 a 2024. Ela já havia entrado para a história como a primeira brasileira finalista olímpica da modalidade, em 2024, e também a primeira a conquistar ouro individual nos Jogos Pan-Americanos.

Investimento no esporte

O Governo do Paraná tem reforçado os investimentos no esporte. Somente o Proesporte recebeu em 2025 um total de 1.850 projetos, quase o dobro do recorde anterior. Desde 2018, já foram destinados R$ 83 milhões para 577 iniciativas esportivas no Estado. O programa é viabilizado por meio de recursos do ICMS, permitindo que empresas direcionem parte do imposto para fomentar o setor.

Outro destaque é o Geração Olímpica e Paralímpica (GOP), criado em 2011, considerado o maior programa estadual de bolsas-atleta do Brasil. Apenas em 2024, foram beneficiados 1.165 atletas, com um aporte de R$ 5,2 milhões, em patrocínio exclusivo da Copel.

Com esse conjunto de apoio e resultados expressivos, o Paraná se consolida como um dos grandes polos da ginástica rítmica brasileira e protagonista no avanço histórico do País na modalidade.