O avanço da energia solar no Brasil tem mudado a matriz energética e colocado o país entre os líderes mundiais no setor. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o país ultrapassou, em 2025, a marca de 60 gigawatts (GW) de capacidade instalada, o que representa 23,5% de toda a geração nacional, consolidando a fonte como a segunda maior do Brasil.
Nesse cenário, Assis Chateaubriand passou a integrar a lista das 20 cidades paranaenses com usinas fotovoltaicas acima de 3 megawatts. A usina instalada no município possui capacidade instalada de 3 MW, formada por 7.200 módulos fotovoltaicos de 585W cada e 12 inversores de 250 kW, totalizando 4,2 MWp em potência nominal de placas.
O projeto foi executado pela empresa Bionova Energia Solar, que atua em diferentes estados do país e tem expandido a presença no oeste do Paraná. .
Além de Assis Chateaubriand, o município de Guaíra também conta com usina em fase de implantação, ampliando o protagonismo da região oeste do Paraná no setor. De acordo com os responsáveis técnicos, a estrutura pode gerar até 400 mil kWh por mês, quantidade suficiente para abastecer em torno de mil residências com consumo médio de 350 a 400 kWh.
A expectativa é que novos municípios entrem no circuito de grandes projetos nos próximos anos, à medida que a energia fotovoltaica se consolida como alternativa viável e competitiva.
A expansão das usinas solares se explica por três fatores principais: previsibilidade de receita, redução do custo de implantação e crescente demanda por energia limpa. Com contratos de venda de energia de longo prazo (PPAs), investidores garantem remuneração estável por décadas. O retorno sobre o investimento, que já foi considerado lento, hoje pode ser alcançado entre cinco e sete anos, enquanto a vida útil dos equipamentos ultrapassa 25 anos.
Além do aspecto econômico, a sustentabilidade é ponto central. Cada megawatt gerado por fontes renováveis reduz emissões de gases de efeito estufa, alinhando os projetos à agenda ESG, cada vez mais relevante para empresas e investidores.
Segundo o presidente da Bionova, José Berta, o crescimento do setor é resultado da combinação entre tecnologia acessível, viabilidade financeira e maior consciência ambiental. “As pessoas e empresas entenderam que investir em energia solar é apostar em economia no longo prazo e ainda contribuir para um planeta mais equilibrado”, destacou.