Turismo Turismo feminino
Turismo solo feminino cresce e movimenta mercado com viagens seguras e personalizadas
Mulheres viajam sozinhas em busca de experiências únicas, bem-estar e reconexão
15/08/2025 13h51
Por: João Livi Fonte: Candeias
Mulheres gostam de turistar. (Foto: Divulgação)

Viajar sozinha, mochila nas costas e câmera em mãos, deixou de ser exceção para se tornar um movimento consolidado no turismo brasileiro. Desde a pandemia, o número de mulheres que embarcam em aventuras solo aumentou de forma expressiva, atraindo a atenção de operadoras e agências especializadas.

Em São Paulo, a franqueada da Clube Turismo, Sheila Moureira, observa um perfil recorrente: mulheres entre 30 e 60 anos, muitas divorciadas ou viúvas, que buscam destinos seguros e experiências exclusivas voltadas ao relaxamento e à reconexão pessoal. “Temos uma operadora exclusiva para viagens de mulheres, o que nos permite criar roteiros pensados com carinho e cuidado para elas”, afirma.

Atualmente, o turismo solo feminino já responde por cerca de 20% do faturamento de sua unidade, com potencial de expansão impulsionado por redes de networking e grupos especializados. Entre os destinos mais procurados estão Argentina, Nova Iorque, Fernando de Noronha, além de roteiros de ecoturismo e hospedagens boutique que oferecem bem-estar, gastronomia refinada e imersões culturais.

Segurança como prioridade

Para atender essa demanda, a agência investe em consultoria personalizada, reuniões presenciais ou virtuais, roteiros detalhados via aplicativo, apoio de guias locais e plantão 24 horas. O objetivo é garantir tranquilidade durante toda a viagem e criar experiências personalizadas que transmitam confiança.

Impacto transformador

A trajetória da administradora Fernanda Moreira, 42 anos, mostra como viajar sozinha pode ser libertador. Depois de adiar viagens por falta de companhia, decidiu visitar Florianópolis por conta própria. “Essa viagem mudou minha autoconfiança. Hoje, em muitos casos, prefiro viajar sozinha pela liberdade de decidir meu roteiro”, conta. Desde então, já esteve em Jericoacoara, Bonito, Jalapão, Atacama e Balneário Camboriú.

Um mercado em ascensão

Para a CEO da Clube Turismo, Ana Virgínia Falcão, o cenário é promissor. “O turismo feminino é mais que tendência: reflete transformações sociais e culturais. As mulheres estão viajando com independência financeira e buscando experiências personalizadas. Quem souber atender essa demanda com sensibilidade e segurança terá um público fiel e engajado.”

As perspectivas para os próximos anos incluem viagens com propósito, integração com práticas de saúde e bem-estar e o fortalecimento de comunidades exclusivas para mulheres viajantes. Um segmento que, além de movimentar a economia do turismo, promove histórias de liberdade, autoconhecimento e empoderamento.