As micro e pequenas empresas (MPE) seguem como protagonistas na geração de empregos no Paraná e no Brasil. Segundo levantamento do Sebrae, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o estado criou 94.219 novas vagas no primeiro semestre de 2025. Desse total, 61.143 foram abertas por microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), o que representa 64,89% do saldo.
O Paraná aparece como o terceiro estado que mais gerou empregos por meio das MPE, atrás apenas de São Paulo (193.024) e Minas Gerais (69.826).
O setor de Serviços liderou as contratações pelas MPE no estado, com 30.603 novas vagas. Em seguida aparecem a Indústria de Transformação (12.102), Comércio (8.607), Construção (7.306), Agropecuária (1.960) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (329).
Apenas em junho, o Paraná registrou 9.377 novos postos de trabalho, sendo 5.836 gerados por micro e pequenas empresas — novamente com o setor de Serviços no topo, responsável por 3.617 vagas.
Na Região Metropolitana de Curitiba, o Grupo Amata, de pequeno porte, ampliou a equipe para atender à demanda crescente no setor de construção civil e engenharia. Já em Inácio Martins e Curitiba, a empreendedora Neliffer Salvatierra contratou nova colaboradora para suas óticas especializadas em visagismo óptico.
No Oeste, em Cascavel, a empresária Rosely Ivett Rayzel Maciel transformou uma renda extra na loja Rancho Campeiro. Hoje, com loja física e expansão do negócio, mantém 20 colaboradores terceirizados e duas funcionárias registradas, com novas vagas abertas.
Em todo o Brasil, as MPE geraram 747,6 mil vagas formais no primeiro semestre. Em junho, o setor respondeu por 64% de todas as contratações, com destaque para Serviços (44,7 mil), Comércio (28,1 mil) e Construção (16,8 mil).
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, os números reforçam o papel das MPE na economia:
“São os maiores geradores de novas vagas formais, o que representa mais oportunidade e inclusão".
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Mensal do IBGE apontou que o Brasil atingiu, entre abril e junho, a menor taxa de desocupação dos últimos 13 anos: 5,8%. O índice representa queda de 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 1,1 ponto na comparação anual.