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Marechal Cândido Rondon foi palco, no Dia do Advogado, de uma visita institucional do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Paraná (OAB-PR), Luiz Fernando Casagrande Pereira. Acompanhado pelo presidente da subseção local, Leandro, o dirigente participou de uma agenda intensa, que incluiu reuniões com advogados, visita à prefeitura, entrevistas e uma palestra com participação gratuita para 50 profissionais.
Durante o encontro com a classe, Pereira recebeu diversas demandas, sendo a construção da sede da subseção a pauta mais recorrente. Segundo ele, uma empresa de engenharia fará avaliação técnica para definir, junto com a direção local, o ritmo e o porte das obras para os próximos anos. “Cada decisão será compartilhada com a advocacia rondonense”, afirmou.
Outro tema destacado foi a proliferação de faculdades de direito no Paraná. Atualmente, são 133 no estado, duas a mais que no início da gestão de Pereira, há pouco mais de seis meses. O presidente defendeu o fechamento de instituições com baixo desempenho no Exame da Ordem. “Há faculdades que não aprovaram nenhum bacharel nos últimos três exames. É preciso um freio de arrumação”, alertou.
O chamado “golpe do falso advogado” também esteve na pauta. Pereira informou que se trata de um crime de abrangência nacional, com mais de mil denúncias registradas pela OAB-PR. A entidade atua junto à Polícia Civil, Ministério Público e tribunais, além de produzir cartilhas de orientação para advogados e clientes. Ele destacou que a primeira grande quadrilha presa no país foi desarticulada a partir de denúncia da seccional paranaense.
Entre as iniciativas da gestão, Pereira citou o programa Anuidade Vira Crédito, que permite ao advogado utilizar o valor pago à OAB para custear cursos na Escola Superior da Advocacia. Mais de 12 mil advogados já participaram. Em Marechal Cândido Rondon, a OAB apresentou à prefeitura projeto para criar espaço de atendimento aos advogados dativos, que no estado somam 22 mil profissionais.
Pereira também abordou questões nacionais, como o papel do Supremo Tribunal Federal (STF) nos processos relativos aos atos de 8 de janeiro. Ele defendeu maior observância ao devido processo legal e criticou penas que considerou excessivas. “Quem assume a presidência da Ordem precisa ter coragem para tratar de todos os temas necessários, custe o que custar”, declarou.
A visita, segundo o presidente da subseção local, reforçou o vínculo entre a OAB estadual e a advocacia municipal, proporcionando esclarecimentos e encaminhamentos para pautas relevantes da classe.