Empreender Otimismo
Região Oeste do Paraná registra avanço no otimismo empresarial para o segundo semestre
Expectativas positivas crescem 12,6 pontos em relação ao início do ano, aponta pesquisa da Fecomércio PR e Sebrae/PR
03/07/2025 13h29
Por: João Livi Fonte: Sebrae/PR
Empresários estão otimistas na região oeste do Paraná.

A Região Oeste do Paraná desponta como uma das mais confiantes do estado para o segundo semestre de 2025. Conforme a Pesquisa de Opinião do Empresário do Comércio, realizada pela Fecomércio PR em parceria com o Sebrae/PR, 36,1% dos empresários locais esperam aumento de faturamento até dezembro, avanço de 12,6 pontos percentuais em relação aos 23,5% do primeiro semestre.

Comparativo com outras regiões
O percentual coloca o oeste atrás apenas de Maringá (37,7%) e Londrina (36,4%) em termos de otimismo. Por outro lado, apenas 13,3% dos entrevistados da região preveem queda nas receitas, enquanto 25,3% projetam estabilidade e outros 25,3% ainda não definiram uma perspectiva clara para o período.

Setores mais confiantes
No estado, o turismo lidera a confiança, com 40,5% dos empresários otimistas, seguido pelos serviços (35,2%) e pelo varejo (30%). 

Entre os pequenos negócios, o índice de otimismo atinge 42,6%, o mais elevado entre os portes de empresas.

Investimentos e manutenção de equipes
A pesquisa mostra que 31,7% das empresas paranaenses planejam novos investimentos ainda em 2025, priorizando modernização de estruturas, compra de equipamentos, ações de marketing e capacitação de equipe. Na região Oeste, 60,2% dos empresários pretendem manter o quadro de colaboradores, e 14,5% avaliam ampliar suas equipes até o fim do ano. Um destaque é o aumento de 8 pontos percentuais na intenção de ampliar estoques (10,5% dos entrevistados).

Desafios e estratégia de crescimento
Para Rodrigo Schmidt, coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio PR, a postura conservadora reflete cautela diante da instabilidade política e econômica: “Os empresários preferem investir no aperfeiçoamento das instalações físicas de seus empreendimentos, em vez de abrir novas unidades ou diversificar”, observa.

Weliton Perdomo, gerente de Competitividade Setorial do Sebrae/PR, reforça que o momento exige mais do que otimismo, exige preparo: “É fundamental planejar com base em dados, aperfeiçoar gestão de fluxo de caixa e compras e investir em formação empreendedora e profissional” .

Principais entraves
Entre os maiores obstáculos apontados, figuram instabilidade política (42,2%), carga tributária elevada (32,7%) e instabilidade econômica (32,2%). A falta de mão de obra qualificada preocupa 30,6% dos empresários, e 11,7% relatam dificuldade de acesso ao crédito.