Brasil Bandeira Vermelha
Conta de luz fica mais cara em junho
Consumo de energia terá custo extra de R$ 4,463 a cada 100 kWh devido à redução na geração hidrelétrica e uso de termelétricas
31/05/2025 08h17 Atualizada há 5 dias
Por: João Livi Fonte: Aneel
Bandeira vermelha em junho traz custo adicional na conta de energia; consumidores devem ficar atentos ao consumo.

A conta de energia elétrica ficará mais cara a partir deste sábado, 1º de junho. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária passa de amarela para vermelha, no patamar 1. Com isso, os consumidores vão pagar um adicional de R$ 4,463 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

A mudança é reflexo direto da piora nas condições de geração de energia no país. De acordo com a Aneel, os níveis dos reservatórios estão abaixo da média histórica, conforme aponta o Operador Nacional do Sistema (ONS). Isso reduz a oferta de energia hidrelétrica, que é mais barata, e obriga o acionamento de fontes mais caras, como as usinas termelétricas.

Com o fim do período chuvoso, a previsão de geração de energia pelas hidrelétricas piorou, o que nos próximos meses pode exigir maior acionamento das termelétricas, cuja energia tem custo mais elevado”, informou a agência.


Como funciona o sistema de bandeiras tarifárias?

Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza ao consumidor as condições de geração de energia no país e os custos desse processo. Funciona como um “semáforo” aplicado diretamente na conta de luz:

O patamar anunciado para junho é o primeiro nível da bandeira vermelha, mas se as condições hidrológicas piorarem, há risco de avanço para o segundo patamar, que é ainda mais caro.


Por que a bandeira subiu agora?

Após cinco meses com bandeira verde, reflexo das boas condições de geração no final de 2024, a situação mudou. Em maio, a Aneel já havia acionado a bandeira amarela, antecipando a transição do período chuvoso para o seco.

Agora, com as previsões de chuvas abaixo da média em praticamente todo o território nacional e a expectativa de redução na geração hidrelétrica, os custos operacionais do sistema elétrico aumentam. Isso se deve à necessidade de ativar as termelétricas, que possuem custo de operação significativamente mais alto.


Impacto direto no bolso

O consumidor deve ficar atento e buscar estratégias para reduzir o consumo de energia, como evitar o uso simultâneo de eletrodomésticos de alto consumo e desligar aparelhos que ficam em stand-by.

A Aneel reforça que a cobrança extra permanece enquanto as condições de geração forem desfavoráveis. A medida tem como objetivo sinalizar aos consumidores os custos reais da geração e estimular o uso consciente da energia.