Marechal Cândido Rondon sedia nesta quinta-feira (15) uma capacitação voltada à escuta protegida de crianças e adolescentes em situação de violência. A ação integra a programação nacional em alusão ao 18 de maio, data que marca a luta contra o abuso e a exploração sexual infantojuvenil no Brasil.

Com o tema “Escuta protegida de crianças e adolescentes em situação de violência”, o treinamento será realizado na sala do Tribunal do Júri da Unioeste e será conduzido pelo psicólogo e professor Rudinei Luiz Beltrame. O encontro tem como objetivo qualificar os profissionais da rede de atendimento, promovendo o alinhamento de protocolos e fortalecendo a atuação integrada na proteção às vítimas e testemunhas de violência.

A iniciativa é promovida pela Secretaria de Assistência Social de Marechal Cândido Rondon, em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e o Núcleo de Estudo e Defesa dos Direitos da Infância e Juventude (NEDDIJ).

Segundo os organizadores, o evento busca oferecer ferramentas teóricas e práticas para que os profissionais da rede consigam realizar abordagens adequadas, éticas e sensíveis, especialmente em situações delicadas que envolvem crianças e adolescentes vítimas de violação de direitos. A capacitação se propõe a ser um espaço de reflexão, troca de experiências e construção coletiva de estratégias de acolhimento.

Ainda há vagas disponíveis, e os interessados podem se inscrever gratuitamente pelo link: CLIQUE AQUI.

A capacitação acontece em um momento simbólico: em 2025, o Brasil completa 25 anos de mobilização contínua em torno do 18 de maio, o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Criada para sensibilizar a sociedade e convocar o engajamento coletivo, a data é um marco na defesa dos direitos humanos de crianças e adolescentes.

Os organizadores destacam que o enfrentamento à violência sexual exige ações coordenadas e contínuas, capazes de lidar com os múltiplos fatores de vulnerabilidade que afetam a infância e a adolescência. Aspectos como gênero, raça, condição socioeconômica, local de moradia e contexto familiar ampliam os riscos, tornando fundamental a existência de redes de proteção bem estruturadas e capacitadas.

“A escuta protegida é uma das principais ferramentas para garantir que as vítimas sejam acolhidas com respeito e segurança. É um passo essencial para romper o ciclo de violência e garantir que a justiça seja feita sem revitimização”, pontua Rudinei Beltrame, palestrante do evento.

Com a capacitação, Marechal Cândido Rondon reafirma seu compromisso com a construção de uma rede de apoio cada vez mais preparada para proteger os direitos fundamentais de crianças e adolescentes. A expectativa é de que o evento contribua para fortalecer práticas responsáveis, humanas e eficazes em todo o município.