Emprego Menor tempo
Justiça do trabalho no Paraná reduz tempo de julgamento e amplia acordos em 2024
Presidido por Célio Waldraff, TRT-PR aposta na conciliação e na tecnologia para tornar a justiça mais rápida e eficiente
05/05/2025 13h38 Atualizada há 5 dias
Por: João Livi Fonte: TRT-PR

Em um cenário de crescimento no número de ações judiciais, o Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-PR) conseguiu, em 2024, alcançar duas marcas significativas: liderar o índice nacional de conciliação e reduzir o tempo médio de julgamento tanto no primeiro quanto no segundo grau de jurisdição. Os dados constam no Relatório de Gestão publicado pelo Tribunal, disponível na área de transparência do site oficial.

Ao todo, foram ajuizadas cerca de 118,2 mil novas ações no TRT-PR ao longo do ano, número que representa um aumento de 20% em relação a 2023. Ainda assim, o tribunal conseguiu manter a agilidade nos julgamentos. O tempo médio de tramitação no primeiro grau caiu de 190 para 163 dias, enquanto no segundo grau o tempo passou de 131 para 106 dias.

Segundo o presidente do TRT-PR, desembargador Célio Horst Waldraff, os resultados refletem o esforço institucional para encurtar o caminho até a solução dos litígios. “A demora processual é a doença mais grave que pode atingir o aparelho judiciário e nós queremos evitar justamente as delongas desnecessárias”, afirmou. Ele destaca o uso de recursos processuais e tecnológicos como principais ferramentas para garantir maior efetividade na prestação jurisdicional.

Conciliação: a principal aliada na celeridade

Além da redução no tempo de julgamento, o TRT-PR também se destacou nacionalmente no incentivo à conciliação. Cerca de 55% das ações registradas resultaram em acordos entre as partes, índice mais alto entre os 24 Tribunais Regionais do Trabalho do Brasil, segundo o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT). Foram aproximadamente 60 mil ações concluídas por entendimento mútuo, número que representa um crescimento de mais de 22% em relação ao ano anterior.

Para o presidente do Tribunal, a conciliação representa mais que uma solução prática. “É o mecanismo mais célere, menos custoso e mais próximo da vontade dos próprios litigantes”, afirma Waldraff, reforçando que esse caminho evita desgastes judiciais desnecessários e favorece uma Justiça mais humanizada.

Transparência e gestão pública eficiente

As informações estão detalhadas no Relatório de Gestão de 2024, instrumento de prestação de contas exigido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que reúne dados orçamentários, financeiros e operacionais. O documento é elaborado pela Secretaria de Governança, Estratégia e Estatística (SGF), com apoio da Presidência e colaboração das demais unidades do Tribunal, e pode ser acessado publicamente no portal do TRT-PR.

Além de garantir conformidade com a legislação — incluindo a Instrução Normativa TCU 84/2020 e a Decisão Normativa TCU 198/2022 — o relatório reforça o compromisso do tribunal com a transparência e a responsabilidade na gestão pública.