Diante do aumento expressivo de situações de emergência, o Paraná intensificou seus esforços na estruturação da Defesa Civil com um investimento robusto de R$ 55 milhões em novos equipamentos desde 2021. Entre as aquisições, destacam-se 33 caminhões, 114 carros, 391 motosserras, 71 almofadas pneumáticas, 57 desencarceradores e 50 kits de atendimento emergencial. Estes recursos foram distribuídos para as Defesas Civis municipais conforme as necessidades locais, visando não apenas a resposta rápida a desastres, mas também a prevenção.

Com o crescente número de eventos extremos, que resultaram em 433 decretos de emergência ou calamidade pública em 260 municípios nos últimos 30 meses, o Estado também se prepara para implementar um novo Sistema de Monitoramento de Apoio ao Alerta de Desastres. Esse sistema, que será lançado ainda este ano com um investimento de R$ 4,9 milhões, promete aprimorar a capacidade de resposta da Defesa Civil por meio de uma integração mais eficaz dos dados meteorológicos.

Nos últimos anos, o Paraná enfrentou desafios como secas severas e chuvas intensas, que afetaram mais de um milhão de pessoas. A estiagem, por exemplo, resultou em 100 decretos de emergência, enquanto enxurradas ocasionaram outros 90 decretos. Além disso, o Estado combateu um surto de dengue, agravado pelo fenômeno climático El Niño, que elevou as temperaturas e favoreceu a proliferação do mosquito transmissor da doença. Para enfrentar essa crise de saúde, a Secretaria de Saúde investiu R$ 100 milhões em ações contra a dengue no último semestre.

O coronel Fernando Schunig, coordenador estadual da Defesa Civil, destaca a importância do investimento contínuo em monitoramento e controle, além do fortalecimento dos planos de contingência municipais. "Estamos aprimorando nosso sistema de monitoramento e controle para melhorar a resposta em momentos críticos", afirmou. O trabalho da Defesa Civil, em conjunto com secretarias, municípios e o governo federal, tem como objetivo comum minimizar os impactos dos desastres tanto no meio ambiente quanto na vida das pessoas.

Outro marco significativo foi a criação do Fundo Estadual para Calamidades Públicas (Fecap) em 2022, que destinou R$ 34 milhões a 83 municípios afetados por chuvas intensas. Além disso, projetos importantes como a contenção de cheias em União da Vitória e as obras de drenagem em Matinhos e Francisco Beltrão, que somam dezenas de milhões de reais em investimentos, estão em andamento para mitigar os efeitos de inundações recorrentes.

O Estado também avançou na segurança das barragens, inspecionando 1.300 das 1.600 estruturas com lâminas d'água superiores a 10 mil metros quadrados, em uma parceria entre o IAT e o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). Essas iniciativas são fundamentais para fortalecer a capacidade de resposta da Defesa Civil e garantir a segurança da população.

O aumento nas situações de emergência reflete a necessidade constante de aprimoramento das medidas de prevenção e resposta. Em 2022, 181 decretos de emergência foram emitidos, incluindo episódios de seca e tempestades de granizo que causaram estragos significativos. Em 2023, com 160 decretos até o momento, o Estado segue em alerta, reforçando seu compromisso com a proteção da vida e do patrimônio dos paranaenses.