A Diocese de Toledo expressou oficialmente sua consternação e tristeza pelo falecimento do Papa Francisco, ocorrido nesta segunda-feira, 21 de abril. Em pronunciamento emocionado, o bispo diocesano, Dom João Carlos Seneme, destacou a importância do pontificado de Francisco e convidou a comunidade a unir-se em oração por sua alma.

“Estamos tristes, consternados, mas confiantes na graça e misericórdia de Deus”, afirmou Dom João. Ele recordou que, mesmo convalescente, o Papa ainda apareceu publicamente no domingo de Páscoa, transmitindo sua tradicional mensagem Urbi et Orbi da Praça São Pedro. “Hoje nos deparamos com a notícia de sua ‘Páscoa’, como podemos chamar, justamente na oitava da Páscoa”, declarou o bispo.

Dom João ressaltou o marco histórico do início do pontificado de Francisco, eleito em 2013 após a renúncia de Bento XVI, fato inédito nos tempos modernos da Igreja. “Assumiu o papado num momento totalmente novo e mostrou uma igreja ferida, que podia fazer diferente muitas coisas e nos apontou caminhos. Doou sua vida inteiramente à Igreja e nunca mais voltou à sua terra natal, permanecendo como sinal da presença de Deus”.

Entre as muitas características que marcaram o pontífice, Dom João enfatizou a autenticidade de Francisco, evidenciada especialmente pela maneira como ele lidava com sua própria fragilidade. “Ele foi um Papa que não escondeu suas limitações físicas. Quando passou a usar cadeira de rodas, quando esteve hospitalizado, pediu que se comunicasse sua real situação”, comentou o bispo. “Foi importante para que enxergássemos o ser humano em sua realidade concreta”.

A simplicidade de Francisco também foi lembrada como uma de suas marcas mais fortes. “Me impressionou profundamente vê-lo certa vez com um poncho, sem as vestes tradicionais, trazendo traços de sua origem argentina e reforçando a mensagem de um Deus que assume a humanidade até as suas últimas consequências”.

Missa à memória do Papa Francisco

Para homenagear o Papa falecido, a Diocese de Toledo realiza nesta segunda-feira, às 18h30, uma missa em sufrágio de sua alma na Catedral Cristo Rei. A celebração, que segue o horário habitual da paróquia, será dedicada especialmente à memória de Francisco. Dom João convida todas as comunidades da diocese a fazerem o mesmo: “Que cada padre, em sua paróquia, reserve um momento de oração e celebre uma missa pedindo a Deus que o acolha entre os eleitos”.

O bispo lembrou ainda o papel essencial da oração pelos falecidos na tradição da Igreja e reforçou que, embora Papa, Francisco era também humano. “Rezamos por ele como rezamos por todos os nossos falecidos, pedindo a Deus que use de sua infinita misericórdia para acolhê-lo. Ele foi um símbolo que nos uniu ao amor de Deus e nos lembrou que a Igreja existe para amar, acompanhar e ajudar”.

A missa desta segunda-feira deve reunir fiéis de toda a cidade em oração por aquele que, por mais de uma década, foi o rosto da Igreja Católica no mundo.