A inflação é um dos indicadores econômicos mais importantes para entender o custo de vida e o poder de compra dos brasileiros. Mas você sabe como ela é calculada? O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga mensalmente dados sobre a inflação oficial, e junto com eles surgem termos como deflação, aceleração e impacto, além de siglas como IPCA, INPC e IPCA-15.
Inflação é o aumento generalizado dos preços de bens e serviços em um determinado período. Isso significa que, ao longo do tempo, a mesma quantia de dinheiro compra menos produtos ou serviços. Um exemplo simples: se um pacote de arroz custava R$ 10 em abril e sobe para R$ 12 em maio, houve uma inflação de 20% para esse item.
A inflação não acontece de maneira uniforme. Quando os preços aumentam mais rapidamente de um mês para outro, dizemos que houve uma aceleração. Se, por outro lado, os preços continuam subindo, mas em ritmo menor, temos uma desaceleração.
Por exemplo, se o preço de um quilo de carne sobe de R$ 30 para R$ 35 em maio (+16,67%) e depois para R$ 36 em junho (+2,86%), houve desaceleração, pois o aumento em junho foi menor que o registrado em maio.
Quando os preços de produtos e serviços diminuem, ocorre a deflação. Isso significa que o custo de vida está reduzindo em determinado período. Se o preço de um item cai de R$ 15 para R$ 10 de um mês para outro, por exemplo, houve deflação de 33,33%.
Para calcular a inflação, os pesquisadores do IBGE coletam os preços de centenas de produtos e serviços em diversas cidades. Essa coleta segue uma metodologia padronizada para garantir a precisão dos dados. Cada item tem um peso específico na cesta de consumo das famílias, influenciando mais ou menos o índice final.
IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo): Principal indicador oficial da inflação, mede a variação dos preços para famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos.
INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor): Foca em famílias com renda de até 5 salários mínimos, atribuindo maior peso a itens essenciais como alimentos.
IPCA-15: Uma prévia do IPCA, com coleta de preços realizada até o meio do mês.
IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado): Calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), é amplamente usado para reajuste de contratos, como alugueis.
O impacto da inflação varia de acordo com a renda das famílias e seus padrões de consumo. Por exemplo, se os preços dos combustíveis aumentam, o custo do transporte sobe, afetando toda a cadeia produtiva. Já um aumento nos preços dos alimentos impacta de forma mais intensa as famílias de baixa renda, que destinam maior parte do orçamento à alimentação.
Entender como a inflação é medida e seus impactos no dia a dia é essencial para planejar melhor o orçamento e acompanhar as políticas econômicas do país. Com isso, é possível tomar decisões financeiras mais informadas e se preparar para momentos de maior instabilidade econômica.