O Inter está de volta à final do Gauchão. Na noite de sábado, o time derrotou novamente o Caxias, desta vez por 3 a 1, no Beira-Rio, e confirmou vaga na decisão do estadual, algo que não ocorria desde 2021. Grande parte do resultado passou por três jogadores: Victor Gabriel, Vitinho e Enner Valencia.
É bem verdade que a equipe colorada levou um susto no primeiro tempo, quando foi para o intervalo perdendo por 1 a 0, com gol de pênalti de Tomás Bastos após revisão no VAR. Porém, os comandados de Roger Machado se reequilibraram durante a etapa final e construíram a virada.
Primeiramente, Valencia foi o responsável direto pelo empate. O equatoriano, que teve algumas chances no primeiro tempo, sofreu pênalti e chamou a responsabilidade de cobrar. Vibrou bastante com o gol, foi celebrado pelos companheiros e ovacionado pela torcida.
Importante para ele por reavivar a confiança. No cenário sem Borré, titular da posição no time considerado ideal, Valencia carrega a missão de ser o "fazedor de gol". E assim fez, duas vezes. Na segunda, típico de centroavante, só teve o trabalho de empurrar a bola às redes.
Antes de selar a vitória, no entanto, a virada coube a Vitinho. Talvez nem tenha sido uma partida tão brilhante do atacante que marcou dois gols no jogo de ida, mas muito mais pelo simbolismo. Enquanto fala-se muito em saídas no elenco vermelho, o camisa 28 é uma das melhores notícias de 2025.
Em cima da característica de drible e velocidade, Vitinho está sempre em busca da geração de jogadas. Contribui ativamente no ataque pelos lados do campo. Ironicamente, o gol na noite deste sábado foi digno de Borré ou Valencia, aparecendo na pequena área para completar o cruzamento de Bernabei.
A jogada, inclusive, nasce do terceiro destaque da virada colorada. Victor Gabriel, assim como Vitinho um grande ponto positivo deste início de temporada. O zagueiro deu um lançamento de muitos metros para encontrar a infiltração de Bernabei pela esquerda. Aqueles passes de "quebrar linhas".
O lance serviu para coroar a boa exibição do jovem, cada vez mais afirmado na equipe. Contra o Caxias, aliás, a atuação de Victor Gabriel foi até superior à do companheiro Vitão, considerado o pilar da zaga. Imponente e mostrando muita maturidade, o garoto dá provas que referendam a titularidade.
Menção honrosa para Braian Aguirre, que oscilou no começo do Gauchão, quando passou a substituir o lesionado Bruno Gomes, mas tem evoluído. Foi dele o cruzamento que gerou o pênalti em Valencia, além da assistência para o terceiro gol, o segundo do equatoriano.
Desta forma, o Inter não só manteve o 100% de aproveitamento no Beira-Rio no Gauchão, como confirmou vaga na decisão. O objetivo de reconquistar o estado após quase nove anos está cada vez mais próximo. Os atos finais serão em dois Gre-Nais, com decisão em casa.
Embora desfigurado com as muitas lesões, o time de Roger Machado conseguiu manter a efetividade e chega afirmado para as finais. À espera da recuperação de Borré e, principalmente, Alan Patrick, o Inter deu mais uma amostra de que está pronto para voltar a ser campeão gaúcho.