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Corações inquietos
Tarcísio Vanderlinde
30/12/2024 16h52
Por: João Livi
Tarcisio Vanderlinde

A saudade é um dos temas recorrentes na literatura produzida por C. S. Lewis. Sua importância não é reconhecida apenas por causa da frequência com que Lewis escreve sobre ela, mas também porque a saudade em si é algo mais profundo dentro de cada homem, mulher e criança. 

Santo Agostinho observou que Deus nos fez para ele mesmo, e nossos corações permanecem inquietos até que encontre nele seu descanso.

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As coisas podem passar muitas vezes despercebidas até um momento quase místico, em que aparecem para nós com uma grande clareza. E com a clareza vem uma consciência de realidades além do nosso alcance. 

Qualquer coisa pode despertar nosso anseio, e é fácil nos enganarmos, pensando que aquilo que desperta o desejo é realmente o que desejamos.

De fato, as coisas que levam nossos corações a doer de saudade são, em virtude de sua mutualidade – porque são passageiras –, incapazes de satisfazer o anseio que despertam. 

Essas coisas existem para nos atrair para Deus, não para servir como substitutos de Deus. São coisas que, conforme escreveu Mateus, “a traça e a ferrugem destroem, e que os ladrões arrombam e furtam”.

Somente Deus, o grande amor de nossas almas, pode nos satisfazer eternamente. Somente Deus pode acender em nossos corações o desejo por ele, e somente por ele não seremos decepcionados. 

Primeiros amores, terras distantes, sonhos do futuro – objetos terrenos muitas vezes nos fazem criar expectativas que eles não podem satisfazer.

Só Deus tem a capacidade de nos satisfazer para sempre.

QUE POSSAMOS TER UM AQUIETADO ANO NOVO!

tarcisiovanderlinde@gmail.com.br

 

A responsabilidade sobre este artigo é de seu autor.