Nos textos anteriores, explorei algo que é muito recorrente em meus atendimentos: a complexa relação entre dinheiro, escassez e medo. O objetivo foi mostrar como essas forças moldam a nossa percepção real da realidade financeira, sendo que dinheiro é algo importante para a maioria de nós. Muitas vezes, nos vemos aprisionados em um ciclo de ansiedade, acreditando que a escassez é inevitável e que a segurança financeira é um conceito nebuloso.
Hoje, quero compartilhar com vocês uma história que gosto muito e que pode ser uma boa analogia de como vemos a vida: o Mito da Caverna, de Platão.
Nesse mito, Platão descreve prisioneiros que estão acorrentados, voltados para uma parede, desde a infância. Eles nunca viram o mundo exterior. As únicas imagens que conhecem são as sombras projetadas na parede da caverna, criadas por objetos que passam em frente a uma fogueira atrás deles. Para esses prisioneiros, as sombras são a única realidade que conhecem.
Esse cenário pode ser comparado com aqueles que vivem em um estado de ignorância financeira. Assim como os prisioneiros, muitos de nós somos influenciados por visões limitadas sobre dinheiro e riqueza, e nem sempre elas refletem a realidade. Essa percepção distorcida pode intensificar nossa sensação de escassez e insegurança, nos levando a acreditar que nunca teremos o suficiente.
"Assim como os prisioneiros do mito, muitos de nós enxergam apenas as sombras de uma realidade financeira. Mas será que estamos prontos para encarar a luz do sol?"
No entanto, imagine que um prisioneiro é libertado, consegue sair da caverna e ver o mundo exterior e real. Ele é ofuscado pela luz do sol, mas, à medida que seus olhos se ajustam, percebe a beleza e a complexidade do mundo, reconhecendo que as sombras eram apenas uma fração da realidade. Ele volta à caverna na ânsia de compartilhar suas maravilhosas descobertas, mas enfrenta resistência e é taxado como louco pelos prisioneiros da caverna.
O “mundo” nessa alegoria é a sabedoria. Nem sempre queremos ouvir o que aqueles que já foram além têm para nos dizer; parece perigoso sair da zona de conforto (muitas vezes ruim) em que nos encontramos.
Mas a boa notícia é que, assim como esse prisioneiro teve o desejo e se libertou, temos a capacidade de nos libertar das correntes da escassez e do medo, buscando o conhecimento que nos permitirá enxergar a verdadeira essência da riqueza e de uma vida abundante em todos os sentidos.
Trouxe esse mito tão rico como uma analogia para que possamos perceber de que maneira verdadeiramente estamos enxergando a vida.
Como terapeuta, esse é meu papel e minha missão pessoal: fazer com que as pessoas descubram que é possível sair dos padrões (impostos como certos) e perceber que a vida pode ser muito melhor.
Que essa reflexão sirva para você entrar no ano de 2025 com muita luz.