A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), no 37º Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia, obteve conquistas mostrando a relevância da pesquisa e da extensão no estado. A cerimônia, realizada na última segunda-feira (25), no Palácio Iguaçu, em Curitiba, marcou a premiação de seis pesquisadores de destaque, incluindo a professora Carolina Panis e o estudante Murilo Galvani Machado, ambos do campus de Francisco Beltrão da Unioeste.
Promovida pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), a premiação busca estimular o desenvolvimento científico, tecnológico e inovador no Paraná. Nesta edição, foram distribuídos R$ 213.700 em premiações, com valores que variaram de R$ 12.100 a R$ 36.400.
A professora Carolina Panis, do curso de Medicina, foi laureada na categoria Pesquisador-Extensionista, na área de Ciências Biológicas. Doutora em Patologia Experimental, ela conduz um projeto que alerta mulheres produtoras rurais sobre os riscos da contaminação por defensivos agrícolas. Sua pesquisa, que envolve a comunidade e conta com apoio de esferas governamentais, garantiu o prêmio de R$ 36.400.
“É uma honra ver nosso trabalho reconhecido. Mostramos como a extensão universitária pode ser uma ferramenta poderosa para resolver problemas reais da sociedade”, afirmou a docente durante a cerimônia.
Já o estudante Murilo Galvani Machado, também do curso de Medicina, foi premiado na categoria Estudante de Graduação, com uma pesquisa sobre a relação entre a contaminação da água potável por defensivos agrícolas e o câncer de mama. Orientado pela professora Carolina Panis, Murilo identificou níveis elevados de agrotóxicos na água de nove municípios do sudoeste paranaense, alguns acima do limite permitido.
O estudo também correlacionou esses índices com a alta incidência e mortalidade por câncer de mama na região, demonstrando a gravidade do problema ambiental e de saúde pública. O trabalho rendeu ao acadêmico o prêmio de R$ 12.100. “Receber esse reconhecimento é uma validação de anos de esforço e dedicação”, destacou Murilo.
Com um histórico de 37 edições, o Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia alterna anualmente as áreas contempladas. Em 2024, foram reconhecidos projetos em Ciências Biológicas e Engenharia. Nesta edição, 62 trabalhos foram homologados após análise de uma comissão julgadora composta por especialistas de diversos estados do Brasil.
O secretário estadual Aldo Nelson Bona enfatizou a relevância do prêmio para o desenvolvimento do estado. “A ciência e a tecnologia do Paraná estão cada vez mais alinhadas às demandas da sociedade, gerando conhecimento aplicado e promovendo crescimento socioeconômico”, afirmou.
Durante o evento, foi oficializada a realização da 38ª edição do prêmio, com edital previsto para publicação ainda neste ano. Em 2025, serão contempladas as áreas de Ciências da Saúde e Ciências Exatas e da Terra, abrangendo campos como Medicina, Química, Matemática e Física.