Cidades Cobras-cegas
Moradores do bairro Espigão denunciam aparição de cobras-cegas pelo sistema de esgoto
Preocupação aumenta com relatos frequentes de anfíbios invadindo residências e calçadas na região
21/11/2024 19h01 Atualizada há 2 dias
Por: João Livi
Cobra-cega (cecília). Foto: Fabio Maffei / Shutterstock.com

Os moradores do bairro Espigão, em Marechal Cândido Rondon, têm manifestado crescente preocupação devido à recorrente presença de cobras-cegas em suas casas. Segundo relatos, esses anfíbios, que lembram serpentes, têm surgido em calçadas, pias e até em ralos de cozinha e banheiro. A situação tem gerado desconforto e alerta na comunidade, especialmente porque a região é atendida por uma rede de esgoto que pode estar facilitando o acesso desses animais às residências.

As cobras-cegas, cientificamente conhecidas como cecílias, são anfíbios de corpo alongado e cilíndrico, visualmente similares a cobras, mas completamente inofensivos. Embora não apresentem risco de envenenamento, sua presença em áreas urbanas pode indicar problemas de infraestrutura nas tubulações, associados a condições de alta umidade, ambiente favorável para esses animais.

Relatos dos moradores

"Estava lavando louça quando percebi algo estranho saindo do ralo da pia. Era uma cobra-cega! Foi a segunda em dois dias", relatou uma moradora, que preferiu não se identificar. Outro vizinho, que encontrou os anfíbios na calçada de sua casa, destacou: "Já apareceu umas duas por aqui. O bom é que são inofensivas, mas ninguém quer encontrá-las em casa".

Acredita-se que falhas na rede de esgoto e rachaduras nas tubulações possam estar contribuindo para o problema, criando um ambiente propício para o deslocamento desses anfíbios até as áreas residenciais.

Veja o vídeo de um dos vizinhos

Entenda mais sobre as cobras-cegas

As cecílias, popularmente chamadas de cobras-cegas, são anfíbios que vivem em ambientes úmidos e subterrâneos. Confira algumas de suas características:

O que dizem os especialistas

Biólogos explicam que as cobras-cegas, apesar de serem comuns em áreas naturais, podem ser vistas em ambientes urbanos quando encontram acesso a sistemas subterrâneos, como redes de esgoto. Rachaduras ou falhas nas tubulações permitem que esses animais se desloquem e eventualmente apareçam em ralos ou calçadas.

Embora sejam inofensivas à saúde humana, especialistas alertam para a importância de prevenir sua entrada nas residências. Recomenda-se: