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Mudanças no programa Farmácia Popular: mais medicamentos terão desconto de 100%
A partir de hoje, 10 de julho, os consumidores que se utilizarem do programa Farmácia Popular encontrarão mais remédios totalmente gratuitos
10/07/2024 09h25
Por: João Livi

A partir do dia 10 de julho de 2024, todos os medicamentos indicados para o tratamento de dislipidemia, doença de Parkinson, glaucoma e rinite, que antes tinham copagamento, serão disponibilizados de forma gratuita para todos os usuários do Programa Farmácia Popular do Brasil (PFPB). A informação foi dada pelo representante da Farmácia Cooperfarma Vila Gaúcha, Renato Lamberti, o qual também informou das mudanças no programa Farmácia Popular anunciadas pelo governo federal. 

Para Lamberti, essa mudança traz maior segurança para os consumidores, uma vez que elimina as diferenças de valores no copagamento que existiam anteriormente. Ele acredita que a acessibilidade aos medicamentos não será prejudicada. Pelo contrário, os usuários terão mais medicamentos disponíveis sem a necessidade de copagamento, o que representará uma economia significativa.


Desafios

No entanto, Renato aponta desafios importantes na implementação das novas diretrizes. Manter o programa ativo nas farmácias comerciais é uma das principais preocupações, especialmente devido ao aumento dos custos dos medicamentos e à falta de reajuste nos valores de pagamento às farmácias pelo governo. Sem esses reajustes, ele teme que o programa possa se tornar inviável para muitas farmácias.

 

Além disso, Lamberti ressalta que a comunicação entre o governo e as farmácias é geralmente clara e direta, com canais abertos para sanar dúvidas por e-mail e telefone. Contudo, ele observa que as informações nem sempre chegam de maneira eficaz ao público em geral e aos prescritores, o que pode gerar confusões.


É de graça

Os benefícios do programa Farmácia Popular são evidentes para os consumidores, com mais produtos disponíveis sem copagamento. Para as farmácias, há vantagens quando os consumidores fazem compras adicionais além dos produtos dispensados pelo governo, ajudando na fidelização dos clientes.

Renato Lamberti encoraja os consumidores a aproveitarem esse benefício oferecido pelo governo, mas lembra que é importante cumprir as regras estabelecidas. Para garantir a sustentabilidade do programa, ele defende que o governo precisa rever os custos envolvidos e considera que deveria haver maior flexibilidade na retirada dos medicamentos.

Para  Lamberti, apesar dos benefícios claros para os consumidores, a viabilidade do programa depende de um reajuste nos repasses governamentais às farmácias e de um diálogo contínuo entre o setor farmacêutico e o governo.